Com o pretexto de despolitizar as Forças Armadas, o Partido dos Trabalhadores (PT), pretendem criar a Guarda Nacional. Em diversos países, de acordo com ex-ministro da Defesa e ex-chanceler Celso Amorim, a adoção deste segmento de Defesa tira do Exército o dever de atuar em crises relacionadas à segurança pública. Segundo ele, a despolitização faria com que as Forças Armadas se dedicassem exclusivamente à sua principal tarefa: “defender a pátria”.

No entanto, a resolução Encontro Nacional de Direitos Humanos do PT, ocorrida no ano passado, houve um entendimento de cumplicidade da cúpula das Forças Armadas na conduta do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Anos antes, o partido já havia lamentado não ter modificado os currículos das academias militares.

Antigo aliado de Lula já defendeu 'discurso forte'

O ex-deputado federal José Genoíno (PT) admitiu que a proposta de despolitização sofreria resistência do Congresso e do Exército, mas defendeu o que chamou de um “discurso forte” para “impedir reações. As declarações foram dadas durante entrevista ao canal Opera Mundi, em novembro do ano passado.

O petista pede a eliminação do artigo 142 da Constituição, este que trata do papel das Forças Armadas na ordem constitucional. Ele também sugere a reforma dos currículos militares a reorganização do Exército, que passaria a ficar sob comando político.

Com o objetivo de fazer frente aos Estados Unidos, Genuíno também propõe a integração militar dos países latino-americanos.

Questionado se tais propostas seriam bem-recebidas por militares, deputados e senadores, o ex-deputado petista defendeu um “discurso forte” para dissuadi-los. “Dependendo da nossa capacidade de mobilização e de articulação política, podemos neutralizá-los”, falou.