Uma célula brasileira do grupo de hackers Anonymous publicou na noite de segunda-feira (1) vários documentos de pessoas envolvidas no Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo ainda informou que o vazamento será feito de forma sistemática.
Até agora, foram divulgadas informações pessoais do presidente da República, de dois de seus filhos –o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ)–, além do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de sua esposa Daniela Weintraub, da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, do empresário cofundador da Havan Luciano Hang e do deputado estadual Douglas Garcia (PSC).
O documento que foi revelado pela célula brasileira do Anonymous traz informações como: bens declarados, celulares válidos, endereços de e-mail, endereços residenciais, endereços físicos, participação em empresas, score do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e também dívidas registradas. Até o momento, não foi checada ainda a veracidade sobre todos os dados, mas apoiadores do presidente já confirmaram o vazamento de dados pessoais.
Inspiração
A ação da célula do Brasil, provavelmente, foi inspirada pelas ações dos Anonymous internacionais. Houve um chamado à ação para outras células, e então houve um aumento nas atividades dos grupos brasileiros, que até então, estavam praticamente adormecidos.
Foi na noite do último domingo (31), por meio de sua conta oficial no Twitter, que uma das principais células do Anonymous decidiu se pronunciar em relação aos protestos ocorridos em algumas cidades pelo mundo, devido ao caso do policial branco que assassinou um homem afro-americano de 46 anos, de nome George Floyd.
Pessoa pública
Além de divulgar supostas informações pessoais do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados, os hackers do Anonymous anunciaram que irão revelar a conexão do líder do Executivo com a morte de uma “pessoa pública no Brasil”. A mensagem mandou Bolsonaro aguardar.
Fora do ar
Depois de uma hora após a exposição dos dados do presidente Jair Bolsonaro e de pessoas ligadas a ele, a página da célula brasileira no Twitter saiu do ar, mas retornou horas depois.
Douglas Garcia usou sua conta no Twitter para afirmar que irá fazer um boletim de ocorrência a respeito da divulgação de suas informações pessoais e se queixou publicamente. Indignado, ele escreveu que iria imediatamente à delegacia fazer um boletim de ocorrência.