Laerte Coutinho venceu a ação por danos morais, em primeira instância, contra a revista Veja, a rádio Jovem Pan e também o colunista Reinaldo Azevedo. O juiz Sang Duk Kim determinou que tanto o jornalista como também os veículos de comunicação, deverão pagar a Laerte uma indenização no valor de R$ 100 mil. Mas Azevedo já avisou que vai recorrer e até chegou a postar um comunicado em seu blog informando sua decisão, após saber da determinação do juiz.
A confusão toda começou quando Reinaldo Azevedo usou seu blog na "Veja" e também a Jovem Pan, para dizer que Laerte é uma "fraude moral, fraude de gênero, baranga moral e homem que se finge de mulher".
Antes disso, Laerte já tinha feito uma charge, que foi divulgada no "Folha de São Paulo", onde criticou e ainda ironizou todas as pessoas que apoiavam o impeachment de Dilma Rousseff.
Na sentença dada pelo juiz, consta que o colunista "expôs suas ideias sem restrição", através das mídias, deixando claro que não se pode confundir censura com falta de responsabilidade. Ainda, de acordo com o juiz, houve sim um excesso nos comentários de Reinaldo, ao se dirigir a Laerte e concluiu: "Depreciando-o em sua honra, o que desbordou do contexto da charge de sua autoria".
Laerte assumiu a transexualidade aos 57 anos, sendo apoiado por uns e criticado por outros. Também já trabalhou como roteirista na Globo, tendo colaborado com vários programas da emissora, por exemplo, escreveu diversos scripts para a "TV Pirata" e teve uma importante participação na fase inicial do "Sai de Baixo".
Em 1997, foi responsável por uma área de humor no "Fantástico".
Os trabalhos de Laerte na TV não pararam por aí, pois ele ainda deixou sua contribuição importantíssima na "TV Colosso" e ainda foi para o cinema, no curta-metragem "Vestido de Laerte", que chegou a vencer como o melhor curta e também na categoria de melhor direção no "Festival de Cinema de Brasília".
Reinaldo Azevedo escreveu que Laerte acha que o simples fato dele querer alguma coisa já faz com que aquilo se torne um direito seu e disse ainda que o banheiro feminino é reservado às mulheres e somente se elas forem consultadas e autorizarem é que ele poderia entrar no local.