O Grupo Chesperito, que coordena o seriado Chaves, reprovou veementemente a paródia do programa Tá No Ar, da Rede Globo, que utilizava o cenário do programa mexicano como base de uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro. Em nota publicada via redes sociais na tarde de terça-feira, dia 22, os detentores dos direitos de reprodução da série comentaram o episódio.
Segundo abordado na nota, os coordenadores do seriado de muito sucesso da televisão brasileira reprovaram a paródia que visava criticar o presidente Jair Bolsonaro de forma sutil. As críticas não foram brandas e serviram para demonstrar a insatisfação do grupo coordenador com a atitude do programa em criticar o presidente eleito pela maioria da população.
Em nota, Grupo Chesperito, que detém os direitos de Chaves, critica paródia do Tá No Ar, da Rede Globo
Na nota emitida nas redes sociais, as críticas começaram suaves, mas depois se aprofundaram, abrangendo uma direta reprovação ao quadro do Tá No Ar. "O Grupo Chesperito não aprova, nem compartilha das opiniões ou pensamentos apresentados no esquete do Chaves exibido no programa Tá no Ar”, dizia de modo sucinto na introdução à nota, que ainda complementaria com ênfase na ideia apresentada pela esquete.
Ao longo da nota emitida, o reforço ao respeito às demais correntes de pensamento e à liberdade de expressão foram claros. Entretanto, a fim de deixar claro que o grupo não possuía qualquer ligação com a paródia, a nota ressaltou que "não nos associamos a qualquer opinião e conceito geral e político expressado", afirmando que os atores caracterizados como personagens de Chaves não refletiam a opinião do grupo detentor dos direitos do seriado.
Ao fim da nota emitida, o grupo fez um agradecimento ao apreço e carinho demonstrado pelos brasileiros aos personagens criados por Roberto Gómez Bolaños.
Tá No Ar criticou postura de Bolsonaro com personagem Capitão, na Vila Militar do Chaves
Na crítica abordada, Adnet imitava um personagem caricato que muito se assemelhava a Jair Bolsonaro, tanto no fato de ser capitão do Exército, como os próprios 'bordões' e falas do presidente, tais como o "tá ok", "isso daí", assim como a própria entonação de voz, que era idêntica a que Adnet utilizou para imitar o presidente durante a campanha em seu quadro de imitação dos candidatos pelo canal do YouTube do jornal O Globo.
Veja a imitação de Bolsonaro protagonizada por Adnet na época das eleições no canal do jornal O Globo: