Os ex-advogados da Mulher que acusou o jogador Neymar de estupro emitiram nota de esclarecimento nesta terça-feira (4), a fim de esclarecer alguns pontos sobre o ocorrido. Os advogados afirmam que as provas apresentadas pela ex-cliente demonstram que houve agressão por parte do jogador no dia 15 de maio, em Paris. Os ex-representantes da jovem ainda afirmam que as autoridades decidirão se houve ou não estupro. A nota ainda esclarece que inicialmente a jovem afirmou apenas que teria sido agredida pelo atacante, e que só relatou a ocorrência do estupro após a reunião de seus advogados na ocasião, com os representantes do jogador, reunião esta que não teve acordo.

Reunião teria sido proposta pelo pai de Neymar

Segundo o portal G1, a nota de esclarecimento divulgada nesta terça-feira (4) foi assinada pelo advogado Francis Ted Fernandes, um dos sócios da Fernandes e Abreu Advogados. O escritório teria sido procurado para buscar uma possível indenização por danos morais e um acordo para o tratamento das lesões devido à suposta agressão. Os advogados orientaram a ex-cliente a realizar exames particulares para comprovar as agressões relatadas pela jovem.

A nota ainda afirma que a reunião foi proposta pelos advogados de Neymar e por seu pai, e que o encontro teria ocorrido em sua casa. Na oportunidade, os ex-representantes da jovem apresentaram todos os fatos aos representantes do atacante, que teriam encerrado a reunião sem dar importância, afirmando que não haveria acordo.

Os advogados que representavam a suposta vítima afirmaram que, apesar de terem deixado o caso pelo fato da ex-cliente ter mudado a versão de agressão para estupro, a mesma teria provas materiais de que teria sido agredida. A nota também esclarece que as autoridades terão plenas condições de tipificar o crime ocorrido, seja agressão, estupro, ou ambos.

Advogados negam tentativa de extorsão

Os ex-advogados da jovem que acusou Neymar repudiam as afirmações feitas pela defesa do jogador de que haveria ocorrido uma tentativa de extorsão. Os advogados afirmam que houve apenas uma reunião entre advogados, que só foi realizada porque houve o convite da defesa do atacante. A nota ainda ressalta que a reunião teria sido uma armadilha dos representantes de Neymar, a fim de criar um álibi para seu cliente, em prejuízo da vítima e de seus ex-advogados.

Os ex-patronos da jovem também afirmaram repudiar todas as manifestações preconceituosas dirigidas à ex-cliente, e que se solidarizavam com a sua dignidade. Os advogados enfatizaram que não compactuavam com o linchamento público que a mulher estaria sofrendo e que a mesma possui todo o direito de exercer sua pretensão de Justiça, como qualquer cidadão.