Nessa segunda-feira (15), o jornal britânico Daily Mail publicou a informação de que a atriz Lashana Lynch, que atuou em "Capitã Marvel", irá interpretar uma agente secreta que recebe o código 007 no próximo filme da franquia de James Bond. A notícia agitou a internet. Muitas pessoas se animaram com a ideia, enquanto outras não receberam nada bem a novidade.

A informação publicada pelo tabloide inglês, no entanto, não passa por enquanto de rumor. Nem os roteiristas, nem os realizadores, nem os produtores Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, nem os estúdios Universal confirmaram a informação.

Uma 007 de 'deixar cair a pipoca no chão'

Supostamente influenciada pela escritora feminista Phoebe Waller-Bridge, co-roteirista de "Bond 25", a mudança é, segundo o Daily Mail, "de deixar cair a pipoca" (popcorn-dropping moment, no original em inglês).

O jornal afirma que no roteiro do novo filme, James Bond (Daniel Craig), que trocou a Aston Martin por coquetéis e foi se aposentar na Jamaica, será chamado pelo chefe M (Ralph Fiennes) para gerenciar uma nova crise. Na volta, ele é informado que a personagem interpretada por Lashana Lynch, mulher negra e poderosa, é a nova agente 007.

Spoiler alerta algo pouco viável

O autor francês Philippe Lombard, autor do "Pequeno Livro de James Bond" (First Editions 2015) não acredita na ideia.

"Um James Bond homem negro, interpretado por um Idris Elba, até que poderia ser. Agora, fazer do James Bond uma mulher? É nem um pouco credível e não acredito, nem um minuto, que os realizadores possam optar por esse direcionamento”, comentou. Para ele "o 007 ficará um homem ou estaríamos desnaturando completamente a personagem.

É uma personagem peculiar com um passado que o define: órfão, ele sabe que pode morrer amanhã, por isso tem uma vida de sedutor, bebe, fuma tanto…", completou.

Ele lembra que, originalmente, James Bond foi concebido como "um duplo fantasmático de Ian Fleming. "A ideia de um novo agente secreto feminino é muito interessante, mas no James Bond não podemos sair fazendo besteira total, precisamos dar continuidade à criação", comenta o autor.