O drama vivido pela personagem de Giovanna Coimbra em "Bom Sucesso" será utilizado pelos autores da novela para promover uma crítica social.
Na trama de Rosane Svartman e Paulo Halm, Gabriela (Giovanna Coimbra) está entre a vida e a morte em um hospital devido à necessidade de uma transfusão de sangue. O tipo sanguíneo da garota, entretanto, é bastante raro, o que está tornando algo que poderia ser simples uma verdadeira provação para ela e sua mãe, Paloma (Grazi Massafera).
Devido a isso, os autores de "Bom Sucesso" vão se aproveitar do ocorrido com a personagem para inserir um diálogo que funcionará como uma verdadeira alfinetada para pessoas preconceituosas.
Nesse sentido, Svartman e Halm vão comentar o fato de que até os dias atuais pessoas homossexuais não podem doar sangue, visto que ainda são interpretadas como um grupo de risco. No diálogo, o fato será caracterizado como fruto de ignorância e preconceito por parte da sociedade em geral. As informações são do site Notícias da TV.
As falas serão inseridas na trama quando Mauri (Jorge Lucas) estiver explicando para Alberto (Antonio Fagundes) quais são os entraves encontrados pelos médicos para curar Gabriela.
Na ocasião, o médico dirá além o fato de se tratar de um tipo raro de sangue no Brasil, existem vários empecilhos atrelados ao ato de doar sangue. Nesse ponto, o médico fictício citará a gravidez, o peso e até mesmo algumas doenças.
Na sequência, ele contará que o hospital conseguiu encontrar um rapaz com o sangue falso O na cidade de Goiânia, mas ele não poderá fazer a doação para Gabriela devido à sua homossexualidade.
Verdadeiro absurdo em 'Bom Sucesso'
Marcos (Romulo Estrela) também estará presente durante a conversa e vai considerar a situação absurda, assim como Alberto.
Então, Mauri também participará da indignação dos dois e dirá que também considera equívoco esse tipo de barreira para a doação. Na ocasião, o médico vai sugerir que eles conversem com Machado (Eduardo Galvão), o advogado da família Prado Monteiro, para saber se existe algo que ele possa fazer com ponto de vista judicial.
O médico ainda vai utilizar um caso real para mostrar que existe precedente para esse tipo de ação.
Nesse ponto da trama de "Bom Sucesso", Mauri contará que há alguns anos um juiz do Rio Grande do Norte conseguiu uma liberação para que um homossexual doasse sangue, ignorando todas as restrições impostas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Apesar de dar essa esperança para os dois, Mauri fará questão de pontuar que processos como esse podem levar muito tempo para apresentarem um resultado, algo que Gabriela não tem, de forma que conseguir um outro doador ainda seria o mais viável.
Finalizando a crítica ao preconceito, Alberto dirá que não consegue acreditar que o preconceito e a ignorância vão impedir uma criança de continuar viva.