Na última semana, o especial de natal do Porta dos Fundos foi compartilhado na plataforma de streaming Netflix e, desde então, tem sido alvo de polêmicas por parte da parcela conservadora da população.

O motivo para tal polêmica está ligado ao fato de que o grupo de humoristas trouxe a figura de Jesus Cristo como homossexual no especial, o que fez com que o tema fosse debatido amplamente nas redes sociais ao longo do último fim de semana.

É possível encontrar postagens variadas ameaçando um boicote ao Porta dos Fundos e também a Netflix, responsável por veicular o programa.

Algumas pessoas chegaram até mesmo a afirmar que cancelariam as suas assinaturas do serviço de streaming caso o especial de natal do grupo humorístico não fosse retirado da plataforma.

O especial recebeu o título de "A Primeira Tentação de Cristo" e se apoia em várias sátiras e situações sem sentido para construir o seu enredo. Apesar do absurdo presente em todas as situações, algumas pessoas encararam como um “ataque à religião”.

O deputado estadual Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, foi um exemplo, que usou as suas redes sociais para questionar se um ataque à fé de 86% da população brasileira é mesmo algo válido.

Porchat responde às críticas

Além do deputado, alguns usuários da web chegaram a amaldiçoar o humorista Fábio Porchat, que faz parte do Porta dos Fundos e integra o elenco de "A Primeira Tenção de Cristo".

Devido aos ataques, Porchat decidiu responder às críticas.

Em tom de piada, o humorista afirmou que ele se resolveria diretamente com Deus no que tange ao conteúdo do programa. Posteriormente, Fábio Porchat ainda sugeriu que as pessoas voltassem a se sentir indignadas com a desigualdade presente no Brasil e afirmou que isso deveria ser feito com o mesmo fervor que foi direcionado ao Porta dos Fundos.

Alguns usuários da internet chegaram a afirmar que outras religiões também deveriam ser atacadas pelos humoristas, uma vez que foi “tudo em nome do humor”.

Os internautas destacaram que o islã deveria ser satirizado, e chegou a marcar os nomes de usuário de Fábio Porchat e Gregório Duvivier.

Novamente, Porchat não se deixou intimidar pelas mensagens e respondeu prontamente à sugestão. Na ocasião, o humorista afirmou que o internauta, autor da sugestão, parecia não acompanhar com frequência as postagens feitas pelo Porta dos Fundos, e que ele deveria conhecer melhor o conteúdo do canal antes de fazer esse tipo de cobrança.

O canal do YouTube responsável pelo especial de Natal já fez especiais satirizando os costumes islâmicos mais radicais, entre eles o uso da burca pelas mulheres, por exemplo.