A cantora Preta Gil, logo no começo de sua carreira artística, conseguiu atrair a atenção do público formado por pessoas LGBTQI+, isso porque ela é conhecida por falar abertamente sobre temas como a liberdade individual, e também por sempre dar sua opinião firme ao abordar temas referentes às minorias da sociedade, como a própria identidade de gênero, ainda vista como um tabu.
Ao longo de sua carreira, Preta também teve que passar por diversos momentos, nos quais ela própria acabou sendo vítima do preconceito das pessoas. Ela conta que desde que começou a trilhar a sua carreira, o seu público foi o mesmo, composto por pessoas que acreditam em amor livre e que todos devem ser respeitados independente de sua condição sexual, de gênero, classe social e religião.
Recentemente, a atriz convidou mulheres transexuais para serem as protagonistas de seu videoclipe da música “Só o Amor”, que conta com uma participação da cantora drag queen Gloria Groove.
Além do mais, o clipe também conta com a participação da atriz transexual Glamour Garcia, uma vez que ela faz parte da trilha musical de “A Dona do Pedaço”, como tema da personagem da atriz. Diante disso, Preta, em entrevista ao portal UOL, defende que a luta pela causa tem que ir além da militância de telão e que precisa ir além por aqueles que se sentem oprimidos de alguma forma.
Críticas ao Pink Money
A cantora, que é filha de Gilberto Gil e afilhada de Caetano Veloso e Gal Costa, cresceu em meio à Tropicália, que foi um movimento artístico muito importante nas décadas de 1960 e 1970 e acontecia durante a ditadura militar.
Para Preta, a diversidade é algo que está muito presente em sua vida, desde que ela nasceu, e que isso é algo totalmente natural em sua vida. A cantora conta que faz parte de uma família na qual a diversidade fez parte de toda a sua criação. Preta relata que foi criada em meio a tios, tias e parentes que tinham as mais variadas formas de casais.
A cantora ainda destaca que os heterossexuais e gays sempre conviveram de forma muito natural e com muita harmonia no meio em que foi criada, desde a infância, sem nenhum problema ou distinção, como ela mesma faz questão de reforçar.
Com isso, a cantora deixa claro que ela foi criada em uma meio em que a diversidade estava presente em sua totalidade e que para ela isso era algo comum e que não tinha distinção alguma entre pessoas heterossexuais e homossexuais, que ela mesma só foi descobrir este mundo mais a fundo, do preconceito, quando começou sua carreira.
Segundo Preta, atingir o público LGBTQI+ nunca foi uma estratégia dela. Ainda de acordo com a cantora, se outros utilizam, ela não pode falar por estas. Contudo, reforça sua ideia de música e arte parte de si como pessoa. "Isso é a minha essência", resume.