Após uma longa luta contra um câncer, diagnosticado ainda em 2002, morreu nesta terça-feira (10) a cantora sueca Marie Fredriksson, vocalista da banca Roxette, aos 61 anos de idade. A informação foi confirmada através de um comunicado oficial feito por seu empresário.

Marie era casada com Mikael Bolyos e tinha dois filhos, Josefin e Oscar. A família emitiu um comunicado pedindo respeito neste momento de dor e informou também que o funeral será reservado apenas para parentes próximos.

O cantor Per Gessie, com quem Marie formou a banda em 1986 e emplacou grandes hits nos anos 80 e 90, usou as redes sociais para lamentar a morte da companheira de palco.

“Estou honrado e ter compartilhado seu talento e generosidade”, dizia um trecho do comunicado. “As coisas nunca mais serão as mesmas”, seguiu. “Você foi a amiga mais maravilhosa por mais de 40 anos” escreveu.

“Listen To Your Heart”, “It Must Have Been Love” e “Joyride”, foram alguns dos hits mais conhecidos da banda. Estima-se que a banda tenha vendido mais de 50 milhões de discos em todo o mundo ao longo da carreira, que inclui 14 álbuns.

A carreira

Nascida em 30 de maio de 1958, na Suécia, Marie Fredriksson iniciou sua carreira na Música quando conheceu Per Gessle, que mais tarde viria a se tornar seu companheiro de banda. Em 1986, dois anos após Marie ter iniciado uma carreira solo, os dois se juntaram para formar o Roxette.

O grande estouro internacional veio em 1988 com a gravação do álbum "Look Sharp!" que incluía músicas como "Listen to Your Heart" e "The Look". "Sleeping In My Car", "Dangerous", "Fading Like A Flower" e “It Must Have Been Love”, foram outros sucessos que embalaram os anos 80 e 90.

Doença foi diagnosticada em 2002

Em 2002, depois de sofrer um desmaio no banheiro de sua casa após uma corrida matinal com o marido, Marie foi diagnosticada com um severo câncer no cérebro e precisou ser submetida a um longo tratamento, que incluía sessões de quimioterapia e uma cirurgia, o que obrigou a banda a dar uma pausa nas apresentações.

A volta aos palcos começou de forma gradual em 2009 e esse processo se estendeu até 2016, quando os médicos a aconselharam a dar nova pausa com os compromissos musicais para se dedicar por completo ao tratamento, o que acabou se transformando em um afastamento definitivo dos palcos.

Mesmo não fazendo mais shows desde então, a cantora lançou singles solos eventuais, como "Alone Again" e "I Want to Go", ambos em 2017, e mais recentemente "Sing Me a Song", em 2018.

Por conta da doença, a cantora sofreu várias sequelas, como a perda da audição, ficou cega de um olho e também teve suas habilidades reduzidas, o que a impedia de ler e escrever.