A agora ex-jornalista da Rede Globo, Ellen Ferreira, teve uma surpresa na manhã desta quinta-feira (23). Tudo porque ela foi chamada à sede da empresa no estado de Roraima em uma grande expectativa para o seu retorno ao jornalismo, já que ela se recuperou da Covid-19 (que contraiu no começo de julho) e seu retorno estava programado para este dia. No entanto, ao chegar na sede da Globo, ela teve uma grande e desagradável surpresa. Isso porque ela foi chamada na sala de reuniões da emissora e chegando lá o seu espanto foi grande, pois ela teve que assinar os papéis de sua demissão do canal.

Os representantes da emissora disseram que o motivo de sua demissão foi uma reestruturação pelo qual a Globo está passando, no entanto a ex-apresentadora do "Jornal Nacional" teve uma outra versão para o seu desligamento da empresa: o suposto assédio que um determinado diretor fazia com ela e vários outros funcionários. Todas as informações deste artigo foram apuradas e divulgadas pelo colunista do portal de notícias Metrópoles, Leo Dias.

Ellen Ferreira dispara contra diretor da Globo

A ex-repórter da Globo Ellen Ferreira foi demitida nesta quinta-feira (23), porém saiu disparando contra um diretor da emissora que ela julga ser o responsável pela sua demissão. Trata-se de Edilson Castro, que já passou pelas redações de vários estados como Tocantins, Maranhão e Goiás.

A jornalista relatou que o considera como gordofóbico, racista e homofóbico. Em uma de suas acusações, Ellen diz que uma outra jornalista do estado de Goiás (TV Anhanguera) já tentou tirar a própria vida devido ao diretor. Por fim, ela ainda relatou outras atitudes de Edilson, como chamar de "moita feia" o cabelo de uma outra repórter negra e debochar do profissional que era gay.

Assédio contra Ellen Ferreira

Além desses relatos, Ellen Ferreira também contou o que sofreu nas mãos deste diretor. Segundo ela, ele sempre a chamava de gorda e repugnante e que ela não se vestia bem: "Desejava bater nele". Devido a este tipo de assédio que sofreu, a jornalista revelou que desenvolveu uma crise de ansiedade, e ainda disse como Edilson Castro era conhecido entre os funcionários: "João de Deus da redação".

Cansada de ser atacada pelo superior e sem nenhum apoio de outros chefes da afiliada da Globo no estado (Rede Amazônica), a jornalista chegou a mandar um e-mail para o chefão de jornalismo da emissora, Ali-Kamel porém, Ellen acha que esta atitude foi determinante para que fosse demitida.

Depois da pressão, a demissão do diretor

Com o clima já bastante desgastado e a falta de punição ao superior, a ex-global se uniu às outras vítimas do diretor e tomaram uma atitude: entregaram ao Sindicato dos Jornalistas do estado (Sinjoper), um dossiê que relatava os abusos cometidos por ele. A pressão causada por essa atitude foi tamanha, que a emissora decidiu demitir Edilson Castro no último dia 29 de junho.

No entanto mesmo com a demissão do diretor que assediava funcionários, Ellen revelou que ele ainda teve influência em sua demissão: "Sonho interrompido".