Neste próximo sábado (1º), o público da Rede Globo poderá rever na televisão uma personagem que, quando foi ao ar pela primeira vez, era tanto amada quanto odiada pelos telespectadores que acompanhavam a atração: dona Álvara, síndica do prédio do seriado “Toma Lá Dá Cá”, que foi ao ar entre os anos de 2007 e 2009 pela emissora.

Agora, a Globo resolveu reprisar novamente o seriado, em meio à pandemia da Covid-19, visto que várias produções da emissora foram paralisadas para evitar o contágio entre os envolvidos.

A vilã, ao longo dos anos, tornou-se um verdadeiro meme através das redes sociais, algo que foi trazido novamente à tona recentemente pelo fato de dona Álvara possuir algumas opiniões bastante autoritárias e, por isso, foi comparada pelos telespectadores do programa com o presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, por mais que vários comentários estejam sendo feitos a respeito da postura da personagem, a intérprete de dona Álvara, Stella Miranda, não concorda com o que é dito a respeito de sua personagem, e afirma que ela não apoiaria o atual governo.

Stella Miranda defende personagem de 'Toma Lá Dá Cá'

Ao falar de sua personagem em contato com o Notícias da TV, do UOL, Stella garantiu que por mais que Álvara fosse uma vilã no seriado de alguma forma, ela tem um bom coração e também era querida pelo público que acompanhou “Toma Lá Dá Cá” na televisão.

A atriz ainda destacou que não sabe se é pelo fato de que ela defende sua personagem, mas considera que ela não tinha preconceito algum e que era casada com Ladir (Ítalo Rossi), que era gay.

A atriz garantiu que a sua personagem, para ela, não tinha nada de bolsonarista, que ela era radical e linha dura, mas que também era muito humana.

A respeito da comparação feita entre Bolsonaro e dona Álvara, Stella pontuou que acredita que os verdadeiros apoiadores do presidente brasileiro são muito mais reacionários e preconceituosos do que a sua personagem no seriado.

Ela destaca que estes não aceitariam de forma algum o relacionamento que Álvara tinha com Ladir, que era um homem idoso, gay e afeminado.

Na época em que o programa foi ao ar, dona Álvara fez o maior sucesso entre o público que acompanhava, por ter uma risada afetada e bizarra, que a atriz garante que foi criada em um momento súbito e que Miguel Falabella adorou e incorporou aos detalhes referentes à personagem.

A atriz contou ainda que, na época em que interpretou Álvara, ela se inspirou em políticos que tratam coisas públicas como privadas e que não têm transparência alguma em seus atos.

No entanto, ela deixa claro mais uma vez que sua personagem não poderia de forma alguma ser bolsonarista, porque, segundo ela, bolsonarismo é muito "reacionário, homofóbico e burro", diferentemente do que ela considera a sua personagem.