O ativista Agripino Magalhães, que luta pelos direitos da comunidade LGBTQ+, relatou que foi ofendido pelo humorista Carlinhos Mendigo, antes de decidir denunciá-lo por ter cometido crime de homofobia.

Nesta última terça-feira (11), o suplente de deputado estadual de São Paulo deu uma declaração por meio da qual apontou que o comediante havia proferido ofensas a ele e que, no momento em que o fazia, Carlinhos chegou até mesmo a falar para Agripino que ele contava com os melhores advogados do Brasil para poder defendê-lo.

Na tarde da última segunda-feira (10), Magalhães juntamente com seus representantes legais, entrou com um pedido para que fosse feita uma apuração por parte do Ministério Público, para que com isso fosse avaliada a abertura de um possível inquérito que seria responsável por investigar o comediante.

Além disso, também buscaria avaliar a respeito do cantor Netinho da Bahia, por ambos supostamente terem feito declarações homofóbicas.

Ativista afirma que leis protegem comunidade no Brasil

As declarações feitas pelo humorista Carlinhos Mendigo foram piadas de mau gosto sobre Thammy Miranda, que recentemente protagonizou uma campanha para o Dia dos Pais, que chamou muito a atenção nas redes sociais e causou comentários contrários de várias pessoas que não concordaram com o influencer fazer parte da campanha, por ser um homem trans.

Já Netinho deu um declaração para o deputado Eduardo Bolsonaro durante uma entrevista, quando alegou que gays pensam com o "fiofó".

Agripino foi questionado pelo site Notícias da TV sobre ter entrado em contato com algum dos acusados em questão, e o mesmo respondeu que tentou contato com Carlinhos Mendigo através de seu perfil no Instagram, pouco antes do humorista ter a sua conta suspensa na rede social.

Ele conta que falou para o humorista que tinha a intenção de tomar providências por meio da Justiça, mas que o comediante não lhe respondeu e logo em seguida o bloqueou da rede social.

Agripino se mostrou disposto a ir até o fim em um possível processo contra o cantor e o humorista. "Nós não vamos mais deixar isso barato, já foi o tempo da população LGBTQ+ ficar calada, nos silenciaram tanto tempo, e agora temos leis que nos protegem, ninguém está acima da lei, e vale a pena denunciar todos", disse o ativista.

O suplente a deputado ainda garante que acredita que vale denunciar todos que cometem este tipo de ato, independentemente de quem seja, de pessoas anônimas ou conhecidas e importantes, até mesmo como o presidente da República.

Angelo Carbone, advogado que defende Agripino e a Aliança Nacional LGBTQI+, declarou que Netinho e Carlinhos praticaram um crime que está previsto agora no Código Penal, que é a homofobia, e a punição de ambos servirá como exemplo para outras pessoas que cometem o mesmo ato do humorista e do cantor, que agora terão que enfrentar as acusações de forma judicial.