A Justiça de São Paulo acatou as acusações de abuso que foram feitas contra o ex-BBB Felipe Prior. O arquiteto, de 28 anos, no entanto, nega que tenha cometido qualquer crime do qual foi denunciado.
Contudo, com o pedido aceito pela Justiça, o ex-BBB terá que passar por um julgamento, que está marcado para acontecer no dia 10 de maio de 2021. A decisão de aceitar as denúncias que foram feitas contra o arquiteto foi do juiz Luiz Guilherme Angeli Feichteinberger, da 7ª Vara Criminal. A denúncia acatada foi apresentada em agosto pelo Ministério Público de São Paulo.
A informação antecipada a respeito do caso foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, e posteriormente confirmada pelo portal Notícias da TV, que também conseguiu acesso à decisão que foi publicada nesta última quarta-feira (30) pelo magistrado responsável pelo caso.
Felipe Prior sofre denúncias de abuso
O ex-BBB é acusado de cometer abuso e de tentativa de violentar três mulheres. Os casos em questão aconteceram nos anos de 2014, 2016 e 2018 durante um evento, o Interfau, um torneio universitário do curso de Arquitetura e Urbanismo.
As acusações contra Prior foram feitas primeiramente através de uma matéria veiculada pela revista Marie Claire, logo após o participante ter deixado o confinamento do "Big Brother Brasil 20".
De acordo com a decisão do juiz, foi verificado, em relação às provas que denunciam o caso, que as mesmas demonstraram materialidade do crime e que estes são suficientes para que sejam atribuída a possível autoria do crime.
Desta forma, não é o caso de ser rejeitada a liminar e, por isso, ele acataria a denúncia que foi feita pelo Ministério Público de São Paulo, levando o ex-BBB a julgamento.
O processo atualmente está sob sigilo, mas, de acordo com as fontes do portal Notícias da TV, a denúncia do Ministério Público contra Prior foi protocolada com os casos de 2014 e 2018, nos quais o abuso teria chegado a ser cometido contra as vítimas.
Em agosto deste ano, no entanto, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher havia concluído a investigação a respeito do caso e apontou que o arquiteto não seria indiciado pelos crimes em questão.
A decisão foi dada pela delegada Maria Valeria Pereira Novaes à época.
Na ocasião, a decisão tomada pela delegacia foi comemorada pelo ex-BBB, mas as advogadas das supostas vítimas dos crimes declararam que consideravam a situação uma verdadeira injustiça.
Elas ainda reforçaram que a opinião da Delegacia, porém, não era algo determinante para o processo, o que de fato agora não foi, visto que o Ministério Público prosseguiu com as denúncias contra o ex-BBB, que agora foram acatadas pelo magistrado, levando Felipe Prior para um julgamento no próximo ano.