A Paramount+ lançou um documentário sobre o ex-jogador do Flamengo Adriano Imperador. A série documental mostra a tragetória de Adriano, da infância até se tornar um ídolo do Futebol brasileiro.

Dirigida por Suzana Lira, a produção retoma a infância de Adriano Imperador na Vila Cruzeiro, favela carioca onde o ex-jogador cresceu, e resgata um trauma que marcou a vida de Adriano: ver o próprio pai levar um tiro durante uma festa na comunidade. Os pais de Adriano Imperador, Almir Ribeiro e Rosilda Ribeiro, estavam em um pagode que ficava numa região próxima a sua residência, quando uma briga se iniciou no local.

A mãe do ex-jogador conta que só se lembra de ver a polícia atirando e que só deu tempo de ela e o marido correrem.

Adriano, ainda criança, teria ouvido os disparos e se deparou com seu pai deitado no chão. Segundo a mãe, o pai de Adriano achava que havia levado um soco, mas quando foi levado para o hospital a família percebeu que ele havia levado um tiro na cabeça.

Pai de Adriano imperador gostava de Whitney Houston

O pai do ex-jogador ficou hospitalizado, a família o visitava e levavam um toca fitas com músicas de Whitney Houston para que ele pudesse escutar. Nessa época Adriano já estava na escolinha do Flamengo e um amigo se ofereceu para pagar a tomografia que o pai do ex-jogador precisava.

O pai de Adriano sobreviveu ao acidente, mas conviveu com muitas sequelas, chegando a ter crises epiléticas. Ribeiro era muito querido na comunidade onde eles moravam e liderava projetos para o desenvolvimento e educação dos jovens da periferia.

Em 2004 o pai do Imperador morreu vítima de um ataque cardíaco. Nessa época Adriano estava jogando pelo Inter de Milão.

Saudades da infância

Mesmo tendo tido o trauma de ver seu pai ser baleado, o ex-jogador revela que uma das melhores coisas do documentário foi poder relembrar sua infância na Vila Cruzeiro. Adriano disse em uma coletiva que reviver memórias da sua infância foi muito bom e ver imagens do seu pai o fez sentir que ele ainda estava vivo.

A diretora do documentário diz que expor as emoções de Adriano é o que humaniza o projeto, pois no esporte os atletas não costumam mostrar as vulnerabilidades. Ela ainda disse que a imprensa gosta de falar de Adriano o Imperador, mas que sempre de forma superficial. Ela ainda diz que as pessoas têm o hábito de julgar umas às outra e que o objetivo da série foi trazer o Adriano com uma maior compreensão.

Ela acredita que a morte do pai fez com que Adriano se fechasse e ficasse recluso. Para ela, a introspecção e a timidez do ex-jogador estão ligadas ao trauma de ver o pai ser baleado e depois o perder para um ataque cardíaco.