Felipe Prior, que se tornou conhecido nacionalmente após sua participação no "Big Brother Brasil 20", foi condenado em primeira instância por abuso no último sábado (8). A decisão foi assinada pela juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, da 7ª Vara Criminal de São Paulo.

De acordo com a sentença, o influenciador digital deve cumprir seis anos de detenção em regime semiaberto. O empresário ainda pode recorrer à decisão em liberdade.

O ex-"BBB" se tornou alvo de investigação após a revista Marie Claire divulgar relatos de duas supostas vítimas de Felipe Prior. Uma delas, Themis, é a autora da denúncia que resultou na condenação do arquiteto.

Na mesma época, a reportagem também ouviu outra suposta vítima de Prior, que afirma ter sofrido uma tentativa de abuso por parte do ex-"BBB". Tanto Themis quanto outras duas mulheres prestaram depoimentos contra Felipe Prior e, com isso, uma notícia crime foi protocolada no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal do estado de São Paulo.

Alguns dias após a publicação da reportagem, uma quarta suposta vítima também afirmou ter sido violentada pelo arquiteto.

Felipe Prior usou força física para cometer crime, diz decisão judicial

Na condenação do ex-"BBB" é afirmado que ele teria usado força física para cometer ato de violência contra a vítima, inclusive, a movimentando de maneira agressiva. Segundo a decisão judicial, o influenciador digital teria pegado Themis pelos braços e pela cintura, além de puxar seus cabelos, mesmo ela pedindo que ele parasse.

Segundo a vítima, ela "não queria manter relações" com Felipe Prior, mas ele continuou o ato mesmo contra sua vontade.

Não há dúvidas que houve crime, pontua juíza

Ainda no documento, a juíza pontua que não há dúvidas de que realmente aconteceu um crime, já que o prontuário médico da vítima indica uma laceração em sua região íntima.

Além disso, também foram encontradas evidências do ocorrido em prints de conversas entre a vítima e o ex-"BBB".

A condenação de Prior foi confirmada pela advogada da vítima, Maira Pinheiro, que chegou a citar o quão sua cliente e as advogadas envolvidas no caso foram atacadas durante as investigações. Segundo a defensora de Themis, elas chegaram a ser submetidas a "uma defesa que lançou mão dos clichês mais misóginos".