Até que tenha se passado o carnaval, o Brasil ainda vive num clima de férias e, apesar da crise econômica, muitas famílias aproveitam esta época do ano para sair de férias em viagem.

A região Norte do país é muito procurada por suas paisagens, comidas típicas e, principalmente pelos rios e praias de rios que existem na região. Mas, os turistas precisam tomar cuidado, pois as águas da região podem esconder um perigo mortal para os desinformados: o candiru.

O Candiru (Vandellia cirrhosa) também pode ser chamado de canero ou peixe-vampiro. É um peixe pequeno, podendo medir de 2 a 18 centímetros.

Tem coloração levemente azulada, formato alongado, como uma enguia, e a pele quase que translúcida - o que o torna praticamente invisível sob as águas. Esse peixe possui espinhos afiados ao longo do corpo e hábitos muito assustadores. Ele pertence ao grupo dos também chamados peixes-gato.

Onde vive

Esse pequeno ser aquático vive nos rios da Bacia Amazônica, São Francisco, Prata e do Leste. Vive em tocas no fundo de rios arenosos e lamacentos.

Hábitos alimentares

O Candiru, acredite se quiser, é um dos poucos Animais vertebrados que são hematófagos, ou seja, alimenta-se de sangue. Ele usa seus afiados espinhos para se fixar aos outros peixes, perfura as escamas da vítima, até encontrar uma artéria para sugar, ou se aloja nas brânquias e suga o sangue até a inevitável morte de seu hospedeiro.

Pode ser encontrado também se alimentando de peixes e outros animais mortos no fundo dos rios, comendo-os de dentro para fora. O candiru é um parasita.

Lenda urbana do Candiru

O candiru tem um hábito terrivelmente assustador que, por muito tempo, pensava-se se tratar de uma lenda urbana, como aquelas que as mamães contam para assustar os filhos pequenos.

Acontece que o candiru pode ser atraído pela urina humana e nadar para dentro da uretra ou ânus de uma pessoa, através do fluxo da urina. Ele pode atacar tanto homens quanto mulheres.

Uma vez dentro do pênis, vagina ou ânus humano, o inconveniente peixinho abre as suas nadadeiras com espinhos em formato de guarda-chuva, o que torna impossível que seja retirado pelo mesmo modo como entrou, provocando cortes no tecido e se alimentando do sangue e de parte do tecido do seu pobre hospedeiro.

Como o candiru não consegue sair e não pode ser retirado pela vítima, acaba morrendo no orifício em que se instalou e, ao entrar em decomposição, causa uma grave infecção que, se não for tratada imediatamente, pode vir a causar a morte.

Devido ao seu formato, o candiru só pode ser removido cirurgicamente. Algumas tribos amazônicas utilizam o extrato de uma planta medicinal que, injetado na área atacada, dissolve o candiru e ele é eliminado naturalmente pelo corpo. Porém, esse não é um procedimento garantido. A forma mais segura de tratamento é ir a um médico e fazer a remoção cirurgicamente.

Dicas

  • Antes de nadar em algum rio ou lago desconhecido converse com os moradores do local para saber se o candiru habita por ali;
  • Nunca nade nu ou com trajes de banho folgados;
  • Nunca urine na água, pois a ureia atrai o candiru e ouros predadores;
  • Aproveite as férias e divirta-se sempre com segurança.