Você já pensou em adotar a bicicleta como seu meio de transporte? Além da economia e maior qualidade de vida, seria ótimo poder traçar uma rota menos poluente ou então ficar de olho na sua frequência cardíaca enquanto pedala, não é mesmo?

Dentro do projeto de extensão Ciência para Todos da Universidade Federal do Paraná, os acadêmicos estão projetando o B1k3 Lab. Um equipamento que poderá ser instalado e fornecerá dados importantes aos que adotaram a bicicleta como meio de locomoção. Medições de condições climáticas como temperatura, umidade e poluição local, além de frequência cardíaca e velocidade do ciclista já fazem parte do protótipo!

Outro item importante são os sensores que medem a distância entre a bicicleta e outros veículos. De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, é infração média não obedecer a distância lateral de 1,50 metro “ao passar ou ultrapassar bicicletas.” Assim, além de verificar o cumprimento da lei, será possível usar estes dados no planejamento urbano.

De acordo com André Bellin Mariano, um dos coordenadores do projeto, o foco principal é na segurança, já que será possível traçar o perfil dos tipos de ciclistas e fazer um mapeamento da cidade, com sugestões de rotas menos poluentes, por exemplo. Mariano viu também no projeto a possibilidade de seus alunos aplicarem os conhecimentos de forma interdisciplinar.

Uma vez que o projeto faz parte do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Autossustentável (Npdeas), que desenvolve atividades que integram diferentes setores da Universidade. E para o aluno Eduardo Godoy, 23, participante do projeto desde agosto, a oportunidade em estagiar com sustentabilidade lhe chamou a atenção.

Para quem participa de Ciclo Expedições, ou seja, viagens realizadas utilizando bicicletas, como o paulista André Pasqualini, saber a qualidade da água é muito importante, pois durante as viagens é necessário tomar água de rios, por exemplo. Aliás, de acordo com Lúcia Gil, 22, participante do projeto, o B1k3 Lab teve início a partir de um pedido de Pasqualini sobre isso, após verificar alta quantidade de mercúrio em ciclistas viajantes.

O futuro

O projeto pretende comercializar o produto, que já vem sendo testado. Instalado no chamado “garfo” da bicicleta e ligado através de power bank e energia solar, o laboratório móvel também contará com ajuda do celular e um aplicativo que dará localização, além de traçar rotas para os ciclistas.

Parceria

Esta matéria integra o projeto de extensão universitário do Centro Uninter em parceria com o Blasting News Brasil