Mais de 20% dos imigrantes portugueses estão trabalhando em Luxemburgo e vivem abaixo do limiar de pobreza - o número não é muito diferente para os brasileiros também. Segundo informa o estudo realizado pelo Instituto de Estatística do Governo luxemburguês, chamado “Coesão Social e Emprego”, um em cada imigrante português passa muito mal, mesmo depois de trabalhar duramente em seus postos de trabalho, que muitas vezes não têm o mínimo de segurança. Na verdade, os portugueses são a classe de imigrantes em Luxemburgo que pior ganha, tendo somente um salário médio de 1.989 euros, valor que está muito próximo do limiar da pobreza.

Tal como acontece com centenas de imigrantes brasileiros, também os portugueses rumam para o Luxemburgo a procura deuma vida muito melhor para si e suas famílias, porém nem sempre isso acontece. Muitas vezes iludidos com o salário aparentemente elevado, pois se encontra bem acima da média europeia, milhares de imigrantes são surpreendidos pelo preço das coisas e, sobretudo da renda, que em Luxemburgo não costuma ser abaixo dos mil euros por mês.

Por isso mesmo, tal como divulgouo Governo do Luxemburgo, em um estudo muito rigoroso sobre seus imigrantes, que constituem uma parte importante dos trabalhadores desse pequeno país, um em cada cinco portugueses está em situação de pobreza, não recebendo acima de 1.700 euros por mês, sobretudo aqueles que estão trabalhando em setores não remunerados, que é a sua grande maioria.

“ É um número muito elevado para os imigrantes portugueses que deixam suas famílias para trás, mas que continuam vivendo uma situação de probreza, mesmo trabalhando”, confessou Paul Zahlen, um dos responsáveis pelo estudo.

Na verdade, foi recente a matéria sobre um casal de imigrantes portugueses que estava passando muito mal em Luxemburgo, situação essa que levou o Governo português a questionar se esse país é seguro para receber seus imigrantes.

Também são centenas de imigrantes brasileiros que estão atravessando precisamente os mesmos problemas dos portugueses que, arriscam passarem fome, pois também trabalham na sua grande maioria em setores que não exigem qualificação, como por exemplo a construção civil, que retira todos os anos vidas de honestos imigrantes.