Em vários estados, a Polícia Militar é motivo de chacota por ter armamento inferior aos fuzis e metralhadores usados por assaltantes e traficantes.

Mas essa realidade parece que vai melhorar. Agora, o arsenal de fogo apreendido em poder de criminosos poderá ser utilizados pelas autoridades policiais.

Atualmente, segundo o Estatuto do Desarmamento, as armas apreendidas do crime são encaminhadas para destruição no Exército Brasileiro. Com um decreto que deve ser assinado nos próximos dias pelo Governo Federal, as polícias poderão ficar com os exemplares de grosso calibre.

A mudança deve ser publicada e entrar em vigor até o fim do mês, segundo o Ministro da Justiça, Alexandre Moraes. Outro decreto promete acabar com a burocracia na compra de armas pelos governos estaduais. Ele beneficiará as aquisições, principalmente, de armamento de alto poder ofensivo de empresas estrangeiras.

As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa que tratou da operação para prender os autores do ataque a agentes da Força Nacional de Segurança.

O ministro contou que quando foi secretário de Segurança Pública de São Paulo teve de esperar 9 meses para comprar 740 fuzis sofisticados.

Em operações como assaltos a empresas de transporte de valores como a que ocorreu em Campinas, no interior paulista, por exemplo, os policiais chegaram a ser encurralados pelos bandidos e pouco puderam fazer contra o ofensivo e superior poder de fogo da quadrilha.

Em julho, em um mega-assalto a uma empresa de valores também impressionou pela ofensividade dos criminosos. Mais de mil tiros de fuzil foram disparados.

No mês de abril, na cidade de Santos, litoral paulista, os policiais também tiveram que reconhecer a situação de inferioridade da corporação quando tentaram frustrar a fuga de bandidos que roubaram uma empresa especializada no mesmo ramo.

No confronto, eles se depararam com bandidos fortemente armados. Dois policiais militares e um morador de rua morreram e outras duas pessoas ficaram feridas.

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