A Polícia Federal vem investigando, desde o ano passado, a fabricação, distribuição ilegal e importação de medicamentos, em especial os anabolizantes. A Operação Proteína teve mais um desdobramento nesta sexta-feira (23), com ações em seis Estados brasileiros, com várias ações de combate a esse tipo de crime. Em São Paulo, dez policiais envolvidos em esquemas criminosos de comercialização de medicamentos foram presos.

Um dos locais da ação foi uma distribuidora de medicamentos na Zona Sul da Capital paulista, no bairro Capela do Socorro, onde foi encontrado um laboratório usado para fabricar remédios falsos.

Além do laboratório, os policiais encontraram um imóvel que funcionava como depósito, onde foram apreendidas caixas de medicamentos ilegais prontas para a comercialização. Foram apreendidas 5 toneladas de produtos, incluindo suplementos alimentares ilegais, anabolizantes e medicamentos contrabandeados do Paraguai, Argentina e Índia. Os produtos eram comercializados em São Paulo e no Sul do Brasil.

Policiais envolvidos

Dez policiais foram presos, acusados de envolvimento com o esquema criminoso.

Segundo informações do portal G1, um deles é chefe dos investigadores do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). O agente público responde pelo gerenciamento de todas as delegacias existentes na capital paulista.

Também foram presos policiais civis ligados ao Departamento de Investigações Criminais (Deic), um policial militar e dois agentes da própria Polícia Federal.

Todos os envolvidos estão sendo investigados por contrabando, falsificação de medicamentos, corrupção, organização criminosa e tráfico de drogas.

Conexão Sul-Sudeste

Na ação desta sexta-feira, a Operação Proteína mobilizou mais de 320 policiais federais, que cumpriram 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O trabalho culminou na desarticulação de três organizações criminosas que, segundo a PF, mobilizavam cerca de R$ 2 milhões por mês com o comércio irregular de medicamentos. Ainda de acordo com Polícia Federal, a Operação Proteína teve início em julho do ano passado, motivada por informações que indicavam a comercialização irregular de substâncias ilícitas em e lojas, academias e por particulares na cidade de Rio Grade. As investigações comprovaram que o material tinha como origem a cidade de São Paulo.