Na manhã desta quinta-feira, o Brasil acordou com um novo presidente da república em exercício. Afastada por 180 por decisão da maioria do Senado Federal, Dilma Rouseff (PT), será investigada e pode sofrer impeachment de seu mandato. Com isso, Michel Temer (PMDB) recebeu autorização para governar o país e já tomou providências, como dar posse a novos ministros. Contudo, as mudanças das pastas do Executivo federal não agradou muita gente. Buscando "enxugar" ministérios, ele deixou de fora o das Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Juventude e também o da Cultura, eliminando-os de seu governo.

A opção por escolher apenas homens para trabalhar ao seu lado também causou revolta dos eleitores, que o chamaram de "machista".

Discurso de posse

Durante a cerimônia de entrega dos novos Ministérios às autoridades escolhidas por Temer, o presidente da república interino fez um discurso informando que vai fazer um "governo de salvação nacional". Ele disse que não queria fazer uma cerimônia muito pomposa, já que o momento que o país passa não permite isso.

"O diálogo é o primeiro passo para enfrentar os desafios para avançar e garantir a retomada do crescimento. Ninguém tem as melhores receitas para as reformas que precisamos realizar. Mas nós, governo, parlamento e sociedade, juntos vamos encontrá-las.

Énecessário resgatar a credibilidade do Brasil, fator interno para que os trabalhadores de todas as áreas produtivas se entusiasmem e retomem os seus investimentos"

Sobre uma das medidas que irá tomar para isso, Temer revelou que irá investir nas Parcerias Público-Privadas (PPPs).

"Teremos que retomar as Parceria Público-Privadas para que o país possa crescer.

A respeito dos projetos sociais, ele indicou que não irá cortar nenhum dos que foram implantados por Dilma Rouseff.

"Eu reafirmos em letras garrafais: vamos manter os programas sociais. Bolsa Família, Pronatec, Minha Casa Minha Vida, entre outros, deram certo e terão sua gestão aprimorada. Vamos acabar com essa visão de que no Brasil ou tem o governo ou se vai destruir o que foi feito", pontuou.

"Eu reitero que nenhuma dessas reforças alterará os direitos adquiridos pelos cidadãos brasileiros. Quando me perguntarem o que se deve fazer, eu vou responder: o que é que diz o 'livrinho'. O 'livrinho' é a Constituição Federal", disse.

Já a respeito da governabilidade, Temer falou que quer o apoio do Legislativo.

"Estados e municípios precisam ganhar autonomia verdadeira. A força da União deriva da força deles. Há matérias comprometidas, como a reforma trabalhista e a previdenciária. Quando editamos normas para estas matérias serão para a compreensão da realidade brasileira. Por isso queremos uma base parlamentar sólida. Executivo e Legislativo precisam trabalhar de forma integrada e nacional. No Congresso é onde estão os votos de todos os brasileiros", pontuou.