O endométrio é um tipo de tecido epitelial de revestimento de cavidades internas do corpo que tem contato com o meio externo do corpo, ou seja, uma membrana mucosa que reveste o útero da mulher. Esta membrana mucosa possui fibra muscular em sua estrutura e ganha espessura através do estrogênio e da progesterona, hormônios ovarianos presentes no sangue. A menstruação é a fase de renovação do endométrio e, portanto, tal membrana mucosa é expulsa do corpo da mulher na fase de menstruação, o que explica a cor escura e a consistência espessa do resíduo menstrual.

A importância do endométrio se dá pelo fato de ser fundamental no alojamento do embrião no útero, quando de sua fecundação, e da formação da placenta, que proporcionará, durante a gestação, as principais formas de desenvolvimento e proteção essenciais à formação do feto. Toda Mulher, que se encontra em fase reprodutiva, corre o risco de desenvolver a endometriose, um distúrbio ginecológico que atinge comumente de 5% a 15% das mulheres e também de 3% a 5% na fase posterior a menopausa segundo informações do site Endometriose.net. A caracterização de endometriose acontece com a presença de células endometriais do lado externo do útero. 

Locais Comuns Diagnosticados

A endometriose já foi diagnosticada em variados lugares de pacientes com esta doença desenvolvida: trompas de falópio, peritônio pélvico, ovários, septo retovaginal e vagina. Há também lugares menos comuns como intestino, diafragma, paredes abdominais, bexiga e cicatriz cutânea.

Causas da Doença



As prováveis causas da endometriose são explicadas por teorias como a que afirma a hereditariedade da doença pela presença de predisposição genética. Há também a que propõe a existência do endométrio funcional resultante da transformação de células presentes do peritônio (membrana serosa das extremidades do abdómem). Aquele endométrio funcional acaba revestido de epitélio (tecido celular que reveste cavidades internas e superfícies externas do organismo).

Uma outra ainda afirma que parte do tecido do endométrio menstrual retorna, pelas trompas de falópio, ao abdómem por retrocesso do fluxo da menstruação de forma a se alocar em outros lugares externos ao útero e aumentando a sua espessura em resposta aos hormônios ovarianos presentes no sangue.

Sintomas

Nem todos os casos de endometriose desenvolvem sintomas, cerca de 50%. Os casos com a presença de sintomas apresentam problemas urinários e intestinais com sangramento e dor, poliúria e diarréia, dor pélvica crônica, dores na atividade sexual, dores pélvicas nas cólicas menstruais e infertilidade. A infertilidade e a dor são considerados os sintomas principais. Os sintomas surgem inesperadamente durante ou antes do período menstrual causando desconforto abdominal e estresse com muita ou pouca intensidade.

Tipos de Diagnósticos



O diagnóstico pode ser invasivo e não invasivo. O diagnóstico não invasivo resulta de exames físicos, que podem apresentar dor em fundo de saco posterior, nódulos presentes, ligamento útero sacro espesso, retroversão uterina fixa, útero dolorido na mobilização, massas anexiais.Já o diagnóstico invasivo recorre a laparoscopia como a principal opção que permite visualizar toda a área de interesse pela videolaparoscopia. Há ainda o uso de marcadores para facilitar a visualização da laparoscopia, ultrassom pélvico, ressonância magnética e ecocolonoscopia.

Tratamento

O tratamento caminha de acordo com o que foi diagnosticado: intensidade dos sintomas quando há, conforme a área afetada, a idade da paciente, a tolerância a determinados medicamentos e ao desejo da gravidez.Exercícios físicos e anticoncepcionais orais por um período determinado são algumas opções de tratamento para diversos casos. A cirurgia como opção são recomendados aos casos mais graves que necessitam da remoção das células endometriais. A inibição da menstruação, implantes subcutâneos e injeções de hormônios são outros tipos de tratamentos recomendáveis para determinados casos.

Há ainda casos graves que exigem a remoção de partes como útero, partes do intestino atingido e ovários. A eliminação da doença facilita a fertilidade e causa alívio para a paciente, melhorando a qualidade de vida de forma considerável.