No final de dezembro de 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvis) aprovou a produção e comercialização do belviq, cujo princípio ativo é a lorcaserina. O medicamento ainda deve demorar alguns meses para chegar às farmácias, mas segundo especialistas esse remédio é o mais poderoso entre todos os outros no mercado para combater a obesidade e perder peso. Confira as 5 perguntas mais frequentes sobre o medicamento feitas pelo UOL a especialistas do ramo.
Como o Belviq age?
Maria Edna de Melo, endocrinologista , confirma que o remédio a base de lorcaserina envolve hormônios como a serotonina, mas agindo em receptores específicos do hipotálamo.
Com isso há uma redução na fome. Como só afeta o hipotálamo, os efeitos colaterais são reduzidos.
Existem efeitos colaterais?
Segundo Maria Edno, dada a característica de agir em receptores específicos no hipotálamo o medicamento apresenta poucos efeitos colaterais, mas afirma que podem existir. Por exemplo, dor de cabeça, vômito, secura na boca e tosse. Entretanto não espera-se efeito colateral psicológico, como em outros medicamentos (por exemplo a Sibutramina).
Qualquer pessoa está apta a usar?
Não. De acordo com Flávia Conceição, presidente da Sociedade de Endocrinologia do Rio de Janeiro (RJ),a droga pode causar a chamada "Síndrome Serotoninérgica", que causa aceleração nos batimentos cardíacos, suor excessivo, pode ocasionar febre e diarreia.
Entretanto pode ser indicado para pacientes cardíacos, sob análise clínica e laboratorial, uma vez que outras alternativas como a sibutramina era expressamente proibida para quem apresentava cardiopatia.
A droga é viciante?
Flávia diz que pode acontecer sim. A lorcaserina pode aumentar a euforia causando sensações parecidas a outras drogas alucinógenas.
Então deve ser evitada por pacientes que possuem histórico de abuso de bebidas e drogas.
Então a lorcaserina é prejudicial ao organismo?
Os especialistas dizem que obesidade é doença crônica e deve ser tratada como tal. Se fosse fácil emagrecer ninguém estaria discutindo novas alternativas de remédios. Na visão de Flávia, ainda, é necessário um acompanhamento médico para dar a receita controlada, definir dosagem e avaliar o uso do medicamento. Ela conclui que o medicamento deve ser usado apenas quando o efeito benéfico é maior que o maléfico. Opine!