O que pode reduzir a eficácia ou até mesmo cortar o efeito do anticoncepcional injetável, adesivo ou em pílula são basicamente alguns fármacos e anabolizantes, tais como:
- Antibióticos: apesar de não ter comprovação científica, existem casos relatados onde o tratamento de infecções acabou afetando a eficácia da pílula anticoncepcional. Alguns exemplos são a rifampicina e a rifabutina, usadas comumente para o tratamento da hanseníase, tuberculose e meningite, se tratando possivelmente dos principais antibióticos que tem maior taxa de chance de anular o efeito dos anticoncepcionais. Além desses, a tetraciclina e a ampicilina também podem alterar o efeito da contracepção.
- Anticonvulsivo:também chamados por anticonvulsivante, antiepilético ou estabilizante de humor) é uma classe de fármacos utilizada para a prevenção e tratamento das crises convulsivas e epiléticas, neuralgias e também no tratamento de transtornos de humor (transtorno bipolar) e ciclotimia. Os anticonvulsivos funcionam extinguindo a ativação veloz e excessiva dos neurônios durante as crises convulsivas e também evitam que a mesma venha a se espalhar pelo cérebro.Alguns pesquisadores advertiam que os anticonvulsivos podem afetar o QI em crianças, porém, tais efeitos colaterais devem ser comparados com o risco que as crises convulsivas em crianças acarretam, como o de sequelas neurológicas e morte usados no tratamento da epilepsia, como a carbamazepina, primidona, fenobarbital, fenitoína, topiramato e a oxcarbazepina;
- Barbitúricos:São usados como calmantes e sedativos. Alguns exemplos: tiopental, pentobarbital, tiamilal, barbital, entre outros;
- Antirretrovirais:Os antirretrovirais são fármacos utilizados no tratamento de infecções por retrovírus como o próprio vírus HIV. Alguns exemplos são como a nevirapina, ritonavir, efavirenz, nelfinavir de fármacos que podem diminuir ou até mesmo vir a anular o efeito do anticoncepcional;
- Anabolizantes esteroides:Os esteroides androgênicos anabólicos (EAA ou AAS - do inglês anabolic androgenic steroids), mais conhecidos como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteroides sintéticos e naturais que contribuem para o crescimento muscular. São substâncias geralmente provenientes do hormônio sexual masculino (testosterona) e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável. Podem anular o efeito do anticoncepcional por se tratar de hormônios masculinos, interferindo na metabolização dos hormônios femininos que estão presentes no anticoncepcional, afetando o seu efeito.
- Erva-de-são-joão: também chamada de hipericão ou hipérico. Esta erva é usada para o tratamento natural de ansiedade e depressão, mas o seu uso constante pode afetar o tratamento anticoncepcional. Inclusive, a agência de produtos médicos da Suécia alega que o seu uso pode se prolongar por até duas semanas no corpo, afetando diretamente o metabolismo e consequentemente a prevenção.
- Doenças: Quaisquer doenças que tenham a predisposição a causar vômitos e diarreias podem vir a afetar a eficácia do anticoncepcional, pois afeta a absorção do fármaco e a sua eficiência, sendo alguns exemplos a doença de Crohn e qualquer outra doença gastrointestinal.
Vomitar pode cortar o efeito do anticoncepcional?
Se você tiver tomado o remédio nas últimas duas horas e ter uma crise de vomito, a resposta é sim.
Nessas situações, recomenda-se tomar mais uma pílula para manter a eficiência do tratamento preventivo.
Nesse caso, para a mulher manter o tratamento preventivo e necessário, deve comprar uma nova cartela para continuar o tratamento sem pular nenhuma pílula.
Sempre que for necessário tomar algum dos medicamentos citados anteriormente ou ainda outros remédios, marque uma consulta com o seu médico ginecologista para esclarecer as possíveis influências adversas que podem ocorrer com o seu tratamento anticoncepcional.
Álcool corta efeito do anticoncepcional?
Bebidas alcoólicas não afetam o efeito do remédio, mas em altas doses pode vir a alterar os níveis do hormônio feminino estrogênio e causar inchaço, dor de cabeça e outras queixas gastrointestinais que podem resultar na ineficácia do tratamento.
O que fazer?
A médica Thais Farias Koch aconselha usar um método preventivo de barreira ao longo dos próximos 28 dias após o contraceptivo ser exposto a causas que afetaram sua eficácia.
Se por acaso a mulher vir a fazer algum tratamento constante de medicamento citados acima, o ideal é consultar o médico para que ele lhe prescreva outros métodos de prevenção de gravidez. Caso a mulher faça uso constante de medicamentos com tal efeito as doenças citadas, o ideal é conversar com um médico sobre outros métodos para prevenir gravidez.