Houve uma proliferação dos restaurantes japoneses pelo Brasil. Para os amantes da culinária japonesa e acostumados com os rodízios de comida e temakis, pode parecer um tanto estranho imaginar que até meados da década de 1990 essa culinária ainda era pouco difundida no nosso país.

Hoje, por sua vez, há milhares de restaurantes desse tipo, e no menu, os famosos e populares: sashimi e sushi, que são um verdadeiros sucessos. O sashimi é fatias de peixe ou frutos do mar crus, enquanto o sushi é feito de arroz e peixe cru.

Porém, junto com a popularidade, o alto consumo anda contribuindo para o maior índice de infecções causadas pelos pescados crus.

O verme anisakis pode ser contraído através do consumo de pescados crus

A anisaquíase é uma doença parasita provocada pelo verme anisakis, que infecta o estômago e o intestino. Os sintomas são dor abdominal forte, diarreia, febre e náuseas.

Quase em todos os casos, a infecção trata-se durante a endoscopia. Porém, nos casos mais graves, pode ser aconselhado fazer cirurgia para retirar cada verme individualmente.

Comida japonesa: as crianças e os idosos podem consumi-la?

De acordo com pediatras e nutricionistas, sushis e sashimis podem ser oferecidos para a criança a partir dos 3 anos de idade. Antes disso, é preciso tomar cuidado.

Segundo especialistas em medicina infantil, o sistema imunológico da criança ainda não está totalmente formado e, por isso, ela é mais suscetível a infecções que podem ser causadas por alimentos mal cozidos ou crus mal conservados.

Já para os idosos, o consumo também não é indicado, isso porque à medida que se envelhece, é cada vez mais difícil para o corpo combater os germes, tornando-se mais suscetível à doença,

Como identificar se o pescado infectado e como comer com segurança?

O pescado já chega da natureza contaminado. Assim, não é possível identificar a olho nu qual pode ter a infecção.

Veja os três os fatores determinantes para a segurança do sushi e sashimi:

1)Temperatura na qual o peixe é mantido;

2) Acidificação do sushi, realizada pela adição de vinagre no arroz como forma de conservá-lo;

3) Tempo entre o preparo do alimento e o seu consumo (não pode ultrapassar 2 horas).

Tudo isso deve ser aliado às boas condições de higiene dos que vão manipular o pescado para que, assim, se evite a contaminação por outros agentes externos, como, por exemplo, a água ou utensílios de cozinha que forem ser utilizados.