Em grande parte, o filme 50 Tons de Cinza é uma adaptação bem fiel do livro, desde a entrevista de Ana e Christina no início até diálogos exatamente iguais aos escritos por E.L. James, sem mencionar as muitas mordidas de lábio da personagem. Mas como é comum em casos de adaptações, há pequenas diferenças do livro para o filme. Confira abaixo as quatro mudanças mais significativas que a versão do livro para as telonas sofreu. 

A ausência de alguns personagens secundários

Christian Grey não tem muitas pessoas em sua vida, mas ele tem um pouco mais no livro do que no filme.

Primeiramente, o motorista de Christian, Taylor, tem um papel bem mais importante no romance. Mas há outros personagens que sequer aparecem no filme, como o Dr. Flynn, psiquiatra de Christian, a Sra. Jones, governanta e cozinheira de Christian (que não era de extrema necessidade para o filme, por isso ele funcionou bem sem ela) e Ethan Kavanagh, irmão de Kate.

Ana não tem um trabalho... mas tem um computador

No filme, não há menção sobre o que Ana quer fazer com sua vida profissional; no livro, ela não só fala sobre suas aspirações sobre publicação, mas também consegue seu primeiro trabalho editorial. Isso não é um enorme descuido do filme, mas a informação teria ajudado a definir Ana como uma mulher além do homem que ela ama. 

Mas o filme "conserta" um dos equívocos mais inacreditáveis do livro: a estudante universitária Ana não tem um computador.

Felizmente, o filme dá um computador a Ana, mas se certifica de ser um ruim que quebra frequentemente, criando uma razão para Christian presenteá-la com um novo.

Confissão noturna de Ana

No livro, há muito mais discussão sobre Ana falando em seu sono. E depois de Christian dizer que ela confessou algo numa noite, ela passa boa parte do final do livro tentando fazê-lo revelar o que ela contou. No fim, Christian revela o que ela havia falado: "Você disse que não ia me deixar, e me implorou para eu não deixá-la em seu sono".

Essa é a declaração que leva Ana a pedir para Christian mostrá-la o quanto ser sua submissa pode machucar.

Perspectiva em terceira pessoa

Ao contrário do livro, o filme tem uma perspectiva em terceira pessoa. Em nenhum momento o espectador vê o pensamento de Ana. Não há nenhuma maneira para os espectadores descobrirem o que ela está sentindo, a não ser através de seu diálogo com outros personagens e a atuação de Dakota Johnson. Essa é provavelmente a maior mudança do livro para o filme, considerando que o livro é inteiramente contador a partir do ponto de vista de Ana.