Quando falamos em pessoas "psicopatas", isso nos remete à ideia de que são pessoas perigosas, criminosas e más. Podem até ter certo grau de maldade, mas são pessoas, aparentemente, acima de qualquer suspeita.
Apesar disso, há algumas características que podem indicar sociopatia, psicopatia ou condutopatia (ou transtornos de personalidade), como: ter atitudes egoístas, explodir de raiva em alguns momentos, ou dramatizar situações - que convenhamos, é normal acontecer com cada um, o psiquiatra alerta apenas para o fato de que não seja uma constante, algo que aconteça com frequência.
Além dessas características, há também a baixa tolerância à frustrações, a mania de perseguição, falta de determinação e perfeccionismo. A medida, explicou o psiquiatra, é quando alguma dessas características começa chamar a atenção dos outros.
O reconhecimento do indivíduo que tem transtorno de personalidade pode ser feito por meio de três defeitos: eles têm valores morais distorcidos, não se incomodam com o sofrimento dos outros e não se arrependem de seus atos. Aparentemente são pessoas lúcidas e normais, mas possuem uma conduta deformada.
O indivíduo que tem transtorno de personalidade raramente assume o problema, que está ligado ao seu meio de vida quando criança. Não há cura para o problema, mas há formas de controle.
O tratamento só é difícil em casos graves, como o de serial killers.
Conheça características comuns dos diferentes transtornos de personalidade
Veja os transtornos e o que a Classificação Internacional de Doenças (CID) diz sobre cada uma delas.
Transtorno paranoide - as pessoas acham que estão sendo perseguidas, são bastante cismadas.
Segundo o CID, essas pessoas sentem que estão sempre sendo prejudicada por outros e são muito desconfiadas.
Transtorno esquizoide - a descrição da CID diz que os esquizoides são desligados do contato social, são desapegados e sentem dificuldade para se relacionar de forma afetiva com os outros - também o relacionamento íntimo.
Transtorno antissocial - podem ter um comportamento cruel, cometem atos violentos com bastante facilidade e não sentem remorsos pelo que fazem. Não costumam obedecer normas e obrigações e são indiferentes aos sentimentos dos outros.
Transtorno emocionalmente instável - são imprevisíveis e impulsivos. Podem agir descontroladamente em determinadas situações. Têm perturbações que podem atrapalhar a sua definição das preferências pessoais, o que lhes dá um sentimento de vazio.
Transtorno histriônico - sabe aquelas pessoas dramáticas e que adoram um teatro? São eles. Esse transtorno está relacionado à histeria. Costumam ser egocêntricos e precisam chamar a atenção para si.
Transtorno anancástico - segundo o CID, esses indivíduos têm muita preocupação com detalhes são teimosos e bastante rígidos.
Têm pensamentos repetitivos e são perfeccionistas.
Transtorno ansioso - são muito sensíveis a críticas e têm sentimentos de tensão e timidez excessiva, por conta de sua insegurança.
Transtorno dependente - essas pessoas não têm iniciativa nem determinação, não reagem, não contrariam e não resolvem problemas.
Transtorno abúlico - são pessoas que vivem na "vagabundagem", como se costuma dizer. Não param em empregos e não estudam. Só vão trabalhar se estiverem passando trabalho, como estar passando fome - e só trabalhará para o próprio sustento. São bem suscetíveis ao uso de álcool ou drogas.
Transtorno narcisista - essas pessoas têm a necessidade de se sentir superior e de "rebaixar" outras pessoas para se sentir bem.
Há o culto exagerado à beleza e à aparência.
Transtorno fanático - são pessoas movidas por ideias fixas, que podem levá-las a cometer crimes - podem matar ou cometer suicídio. Esse seria o transtorno de Hitler, por exemplo.
É importante lembrar que ter as características não indica que você tenha o transtorno. Isso é, por cima, uma abordagem aos transtorno de personalidade. Quem determinará se a pessoa tem problemas ou não, é o profissional da área.