Um vídeo voltou novamente a circular pela internet. Nas imagens é possível ver que uma educadora aparentemente estaria obrigando um garotinho a passar batom na boca.

O portal eletrônico de notícias Jornal da Cidade Online divulgou também o vídeo e a partir desta publicação, já foi computado mais de vinte e cinco mil compartilhamentos.

Em sua publicação, o site faz uma relação da filmagem a um abaixo-assinado para impedir a participação da filósofa Judith Butler num evento que o SESC Pompeia almeja idealizar em São Paulo no próximo dia 7 de novembro.

Conforme a página, Judith é uma pessoa importante que promove a ideologia de gênero e acredita que esse vídeo poderia ser um exemplo do que possa vir a acontecer nas instituições de ensino do Brasil.

No entanto, as imagens contidas na filmagem, não têm nenhuma ligação com esse tema, muito menos com a promotora da ideologia de gênero Judith e nem com batom.

Segundo o Ministério Público, essas imagens foram gravadas no mês de junho do ano de 2015. O vídeo foi apresentado juntamente com uma denúncia de que crianças estavam sendo maltratadas. O caso estava acontecendo dentro do Colégio Ipê Centro Educacional, localizado em Águas Claras, no Distrito Federal.

Conforme informações do Ministério Público, as imagens do referido vídeo não mostram um menino sendo forçado pelas professoras a passar o item de maquiagem feminino.

Também não tem nenhuma ligação com o debate a respeito à ideologia de gênero.

Na época, as imagens foram registradas por uma funcionária do colégio. Na verdade, duas professoras forçam uma criança a engolir uma cápsula de Ômega 3.

A mãe do menino usou o vídeo para poder entrar com uma ação judicial contra a instituição de ensino.

A escola perdeu a ação e foi condenada a pagar trinta mil reais por danos morais para a família da criança que sofreu a agressão.

Na sentença dada pela juíza 3ª Vara Cível da Justiça de Taguatinga (DF), a escola foi condenada, de modo que no documento oficial a cena foi descrita com muita clareza: no dia dezenove de junho do ano de dois mil e quinze, as educadoras obrigaram a criança, de maneira vexatória, a engolir uma cápsula de Ômega 3.

A educadora relatou dizendo que aquilo era catarro no menino. A Justiça declarou repugnante a conduta da professora em esfregar um líquido com forte cheiro de peixe no rosto do menino, e ainda por simular que seria catarro. De modo que amplamente foi demonstrada não apenas por meio das análises dos vídeos trazidos aos autos, mas também pelo depoimento da testemunha.

Vale ressaltar que esse vídeo é somente o registro de mais um entre muitos outros casos flagrantes de maus tratos no ambiente educacional.