Recentemente, a internet voltou os olhos e risadas para um tal "Rato" tomando banho, comparando até ao rato que tomava banho no seriado de TV brasileira exibido na TV Cultura em meados de 1994, o Castelo Rá-Tim-Bum. O tal "rato" em questão levantou muitas hipóteses e dividiu opiniões.

Alguns internautas acreditavam que se tratava de maus- tratos ao animal, e que na verdade ele estava agonizando e banhado por veneno. Outros achavam que se tratava de uma montagem de vídeo. E outros apenas acharam graça, e compartilharam sua nostalgia do Castelo Rá-Tim-Bum.

Mas, seria mesmo um rato? Foi maus tratos? É montagem?

Qual é o roedor?

Partindo de uma analogia biológica, pode-se notar algumas características nesse animal que o diferencia de um rato. Primeiro que ele consegue se sustentar com as patas traseiras (bípede); segundo, o animal pouco aparenta ter rabo, é muito curto; terceiro pela cor dos pelos e tamanho da cabeça. Partindo destes pontos, pode-se começar a descartar a hipótese de que seja um rato. Mas, sim, se trata de um roedor.

Os roedores são animais que possuem dentes incisivos, que crescem permanentemente. Por isso, os roedores sentem a necessidade de roer para desgastar esses dentes incisivos. Se o roedor não desgastá-los, os dentes podem crescer demais e acabar rasgando o focinho do animal.

O roedor em questão no vídeo é a pacarana. Dinomys branickii, ou somente pacarana, é o único sobrevivente da quase extinta família dos Dinomyidae. A pacarana ocorre principalmente na Amazônia, Andes, Colômbia, Equador, Venezuela e Bolívia. É um herbívoro de hábitos noturnos, encontrado principalmente nas encostas e fendas naturais de grandes altitudes.

A pacarana, assim como qualquer outro animal, possui o seu jeito peculiar de se limpar. As pacaranas se limpam com suas patas dianteiras, sustentando-se a suas patas traseiras, assim é feita sua higiene.

Problemáticas sociais

O vídeo pode ter sido gravado no Peru, aonde muitas pessoas têm esse animal como pet. O grande problema nesse vídeo é na humanização desse roedor.

Assim como se banha os cachorros, tirando todo o cheiro que para o cachorro é o seu cheiro puramente reconhecível, o dono desta pacarana faz o mesmo.

De certa forma, é um mau trato, o animal tenta tirar o produto (supostamente sabão) do corpo para se limpar, e isso é agoniante para uma espécie que se limpa apenas com suas patas secas ou com água de rio.

Mistério solucionado. Não é montagem e nem é um rato.