Não é novidade para ninguém que os Livros da Série Vaga-Lume marcaram uma geração. As publicações feitas pela Editora Ática entre os anos 1973 e 2008 fizeram a cabeça dos jovens de muitas épocas, que se identificaram na Literatura infanto-juvenil uma linguagem comum. Diversos autores jovens e consagrados foram convidados para escrever os livros da coletânea.

Os livros da Série Vaga-Lume tinham, inicialmente, o foco em desenvolver a literatura entre os jovens e era uma material paradidático.

Isto é, a Editora Ática e a Educação brasileira não imaginaram que um dia aqueles textos viriam a se tornar best sellers, ficando para sempre na memória afetiva de quem teve o material nas bibliotecas ou comprava em livrarias.

Hoje, muitos dos antigos leitores da Série Vaga-Lume fazem coleção em casa ou recomendam os livros para seus filhos, sobrinhos ou netos. Autores como Marcos Rey, Marçal Aquino, Maria José Dupré e Luiz Puntel foram os mais vendidos, usando elementos de mistério e aventura para fisgar a atenção dos jovens pré-Harry Potter.

Curiosidades sobre as série ainda são desconhecidas para muitos fãs

A coleção foi um grande sucesso da literatura brasileira e ajudou a formar leitores Brasil afora. Contudo, há fatos desconhecidos de muitos que se apaixonaram pelos textos dos escritores convidados a escrever para essa proposta. Confira abaixo alguns dos segredos da Série Vaga-Lume:

1 – ‘A Ilha Perdida’ foi um dos livros que mais vendeu

Escrita por Maria José Dupré, "A Ilha Perdida" consagrou-se como um dos livros mais lucrativos da Vaga-Lume. A história dos irmãos que perdem o barco que os deixa em uma ilha no meio do Rio Paraíba do Sul marcou uma época e já ultrapassa a marca de 2,2 milhões de exemplares vendidos.

2 – ‘O Escaravelho do Diabo’ não foi lançado como livro

Pouca gente sabe, mas o livro de Lúcia Machado de Almeida, escritora que faleceu em 2005, não foi escrito para a Vaga-Lume. A sua primeira publicação foi em 1956, na revista O Cruzeiro.

3 - Marcos Rey e a tiragem recorde de carreira e de vendas

Quem não lembra de "O Mistério do Cinco Estrelas"? A história de Marcos Rey sobre Leo, Gino e Ângela desvendando um assassinato foi a primeira do autor na série. O curioso é que, apesar de escritor há muitos anos, Rey apenas tinha livros de poucas tiragens. A Vaga-Lume mudou sua vida, publicando 120 mil exemplares de uma só vez.

4 - Pesquisa em zoologia para escrever livro

Ao escrever o livro “O Caso da Borboleta Atíria”, um dos ilustradores da série, Milton Alves, teve que pesquisar no Museu de Zoologia várias espécies de animais que estão na obra.

Como não havia internet na época, o único jeito de identificar os bichos era em grandes livros.

5 - Livros vão virar filme

Em 2016, "O Escaravelho do Diabo" virou filme. Mas este não é o único romance que tem como destino a tela do cinema. "O Mistério do Cinco Estrelas", "O Rapto do Garoto de Ouro" e "Um Cadáver Ouve Rádio" estão na lista que esperam gravação pela RT Features, produtora responsável pela filmagem dos livros da Série Vaga-Lume.