A australiana Emily Dover, de cidade de Nova Gales do Sul, sofreu muito precocemente com os sintomas que mulheres só sentem na adolescência e na velhice. Isso porque aos 2 anos a menina viu suas mamas crescerem, aos 4 começou a menstruar e aos 7 já está na menopausa. Tam Dover, mãe de Emily, diz que faz de tudo para que Emily consiga ter uma vida normal, o que pra ela é muito difícil, tendo em vista que sua filha é muito diferente das crianças da sua idade.
Para a revista It’s Your Day, Tam disse que é de partir o coração não poder comprar para sua filha vestidos normais para sua idade, já que para ela Emily parece mais uma adolescente, devido a seus seios.
A mãe de Emily também declara que às vezes a menina lhe pergunta por que tem barriga e por que tem seios grandes. Para poder responder sua filha, Tam diz que Emily é especial. "A gente é diferente", diz.
No entanto, mesmo com a resposta reconfortante da mãe, não é fácil para a garota viver nessa situação, já que acaba virando alvo de intimidações no ambiente escolar. Hoje, após ingressar no 1º ano do primário, Emilly tem pelos em seu corpo como se fosse adolescente e pesa 64 quilos, muito mais do que crianças da sua faixa etária. Ela veste roupas adequadas para adolescente de 16 anos.
Mesmo sofrendo precocemente por anos, a resposta sobre o porquê isso acontece com Emily só veio há pouco tempo.
A menina foi diagnosticada com a rara doença de Addison, que torna a produção de hormonas estero ides insuficiente. Entre os diversos sintomas da doença estão: dores abdominais, perda de peso, fraqueza, hiperpigmentação da pele, e mucosas.
A doença de Emily é tão rara que atinge em média 1,4 a cada 10 mil pessoas, sendo frequentemente diagnosticada em mulheres com meia idade.
Diferente do que aconteceu com Emily, já que a menina estava apenas com sete dias de vida quando sentiu o primeiro sintoma da Addison.
'Não teve sequer a chance de ser criança'
No ano de 2017, a mãe da menina falou com o jornal Mirror sobre a primeira menstruação de Emily. Ela disse que a menina pensou que havia feito cocô nas calças.
Tam, que além de Emily, é mãe de mais três filhos, diz que a menina "não teve sequer a chance de ser criança". Tam também diz que Emily tem bastante consciência sobre o seu corpo. Mas nem sempre é fácil explicar para a menina o que está acontecendo com seu corpo, por isso seus pais tentam reagir com suas respostas conforme a garota reage.
No começo, Emily era um bebê como qualquer outro, mas isso mudou já na sua primeira semana de vida. Quando a menina começou a chorar de dores no corpo e sentir dificuldades para dormir. Dai por diante a doença só mostrou mais sintomas, e aos 4 meses Emily já estava do tamanho normal para uma criança de um ano.