Que o português apronta com muita gente na hora da produção de texto, isso já está mais do que comprovado. Por outro lado, boa parte da culpa não está na língua, nem na escola, mas sim nos falantes, que não prestam um pouquinho a mais de atenção na hora de produzir algum texto.

Na lista dos erros mais comuns estão a colocação de crase, a troca de letras, a utilização da cedilha e, mesmo que tenha uma das regrinhas mais fáceis, a hifenização.

Palavras que geram dúvidas de português por conta da crase

A crase é o sinal gráfico que resulta na junção do artigo (a) com a preposição (a).

Essa é a premissa básica. No entanto, várias outras regras fazem parte do conteúdo e, de certa forma, em alguns casos, facilitam ainda mais a vida dos escritores.

Nesse contexto, é possível citar como exemplo de uma delas que não há crase antes de palavras masculinas, o que responde a uma dúvida clássica sobre o assunto: seria "a bordo" ou "à bordo"?

Para felicidade geral e em prol da Educação, nessa situação, até o corretor do Word dá uma ajuda e grifa o "a" craseado, indicando erro e elegendo "a bordo" como alternativa certa.

Cedilha ainda é assunto de português?

Ela é o famoso sinal diacrítico, usado embaixo da letra "c", que dá a sonoridade de /SS/. Nunca é demais lembrar que a cedilha não é colocada nas siglas "ce" e "ci", razão pela qual a própria cedilha não tem cedilha.

Que coisa, não?

Ah, antes do próximo assunto de português, é importante dizer que a palavra é feminina.

O português está acima ou em cima?

É possível que esteja acima do conhecimento de muita gente, porque isso quer dizer elevado, superior, o contrário de abaixo.

No entanto, a exemplo, se uma gramática estiver sobre uma mesa, podemos dizer que o português está em cima do móvel.

A hifenização no português

Muita coisa mudou com o novo acordo ortográfico, que na verdade já não é tão novo. Porém, como se pode observar diariamente, muita gente ainda dá uma escorregada no tracinho.

Duas entre as inúmeras palavras que causam confusão são para-choque e paraquedas. Se ambas têm o mesmo prefixo, por que, então, não são escritas da mesma forma?

A resposta é que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), com base no acordo ortográfico, não mantém para-choque nas mesmas regras de paraquedas, paraquedistas e algumas outras. Segundo a justificativa, essas duas últimas já perderam a noção de composição.

Ainda nesse contexto, por fim, podemos citar outras palavras como para-brisa e para-lama, todas elas sem o acento agudo no para, porque esse sim deixou de existir para diferenciar o verbo em questão.