O Brasil é um dos países que mais cobram impostos no mundo. Caso fosse um exemplo similar à Dinamarca, França e Suécia, os três primeiros no ranking, que oferecem serviços públicos de extrema qualidade, dando um retorno à altura para a população de seu imposto, isso não seria um problema por aqui, mas infelizmente, o que pagamos praticamente não retorna.

O brasileiro paga em média 41,37% do seu rendimento em impostos.

Isso é o equivalente a trabalhar 151 dias por anos apenas para pagá-los. Deste percentual, cerca de 3% é incidente sobre o patrimônio, como IPTU e IPVA; 15% sobre o rendimento, como o imposto de renda e; talvez o maior vilão, o imposto sobre o consumo, representando os quase 23% restantes, que pagamos sem perceber na grande maioria das vezes.

Talvez seja bom nem saber!

Mesmo sem sair de casa, o brasileiro já paga uma elevada quantidade de impostos por causa do consumo. Na conta de luz, mais de 48% e na de água, quase 24%.

As idas ao mercado seriam muito mais fáceis se por um dia, acabassem os impostos.

A carne bovina seria 24% mais barata; o açúcar, 30%; macarrão, 16%; farinha, 17%; manteiga, 33%; pão francês, 17%; sabão em pó, 40%. E estes são apenas alguns exemplos básicos do que gastamos praticamente todos os dias.

A gasolina, que o brasileiro viu ficar cada vez mais cara nos últimos meses, tem um grande motivo para isto: 56,09% de impostos. E associado aos mais de 35% dos carros, fica cada vez mais complicado pegar a estrada. Uma saída seria caminhar mais...e pagar mais de 58% de impostos em um bom tênis.

E para o pessoal mais festeiro, que gosta de curtir o final de semana com os amigos bebendo algo, a dor imposta é ainda maior. Vai ficar no refrigerante? Aproximadamente 45% de impostos.

Cerveja? Superior aos 55%. E para quem gosta de algo mais forte, é bom que seja igualmente forte. Os impostos incidentes sobre a vodca, por exemplo, chegam aos 81,52%, o que faz com que o brasileiro pague praticamente por 5 litros, e leve apenas um.

Os dados foram fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), atualizados para este ano de 2015.