A empresa de telefonia "OI"acaba de fazer pedido de recuperação judicial. A empresa figurava entre as líderes de telefonia fixa, mas ficava em 4º lugar no ranking da telefonia móvel. O motivo de não possuir capital para investir na telefonia móvel e banda larga é que a operadora manteve o foco, durante muito tempo. no segmento de telefonia fixa que, na atual conjuntura da economia, se tornou obsoleto. Constatou-se que a OI é um projeto megalomaníaco do ex-presidente Lula, que apoiou a Política de empresas 'campeãs nacionais' inaugurada em 2007 e que recebeu o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico).

No início, o objetivo do projeto possuía um grande apelo populista. Concedeu crédito barato para que o governo contribuísse para o crescimento de empresas que tinham potencial para crescerem e se tornarem líderes no mercado mundial. Através dessas empresas, o país aumentaria suas exportações. O plano era colocar os brasileiros como protagonistas na economia internacional. Foram investidos, nada menos, do que R$ 18 bilhões que beneficiaram muito poucas empresas e entre elas estava a Operadora de Telefonia Oi.

Ambições do ex-presidente Lula

A operadora Oi não foi apenas o resultado da extrema ambição do ex-presidente, mas também, a viabilização de negócios ilegais de seu filho, Fábio Luís da Silva, vulgo Lulinha.

As negociatas suspeitas, realizadas pela empresa junto com a má gestão da operadora, com seus sucessivos erros, terminou muito mal. A dívida da Oi, hoje, é de R$ 65 bilhões e, consequentemente, trouxe à tona o fracasso de uma política que privilegiava os amigos do ex-presidente e prejudicava o mercado e outras empresas do mesmo ramo.

Negócios escusos

O ex-presidente Lula favoreceu, em 2008, a fusão da Telemar com a Brasil Telecom. Por isso, Lula teve que mudar as regras da livre concorrência impostas pela Anatel e flexibilizar a lei de outorgas vigente que proibia uma empresa de telefonia fixa de adquirir outra em região diferente. Isto aconteceu graças à gratidão do ex-presidente pela operadora Oi, em associação à Gamecorp, produtora de programas de tv sobre games.

A gamecorp é de propriedade de Lulinha. Quando ainda era Telemar, em 2007, repassou à empresa do filho mais velho de Lula, a soma de R$ 2,8 milhões e, em 2009, a empresa faturou R$ 3,6 milhões com a parceria. Em 2010, em mais um negócio suspeito, Lula participou da fusão da Oi que já estava endividada com a Portugal Telecom, também na mesma situação.

A comissão de Valores Mobiliários (CVM), reguladora das empresas de capital aberto, supõe que o negócio aconteceu para favorecer os dois grandes acionistas, ou seja, os grupos Jereissati e a Andrade Gutierrez. Com as mudanças recentes no segmento de Telecomunicações, a Oi, que focou no mercado ultrapassado de telefonia fixa, perdeu capital, avaliado em R$ 5,3 bilhões em 2015.

No momento, a mesma joga a toalha e pede recuperação judicial. Assim, a grande ambição do ex-presidente Lula, que planejou a Supertele, irá para o ralo como um dos maiores fracassos da história do país.