Com a crise econômica que atinge o Brasil nos últimos dois anos, a montadora de veículos Mercedes, não tem atingido o número de vendas necessárias para manter a empresa funcionando. Sem perspectiva de melhora para o próximo ano, seus diretores precisaram tomar uma difícil decisão.
Segundo Luiz Carlos de Moraes, diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz, com a queda das vendas e a remota possibilidade de melhora em 2017, tornou-se necessário reaver o quadro de pessoal. A empresa já tem utilizado licenças remuneradas e suspensão temporária nos contratos de trabalho, mas os últimos resultados os obrigam a dispensar alto número de funcionários.
Na próxima semana, durante a paralisação da produção da fábrica, serão decididas as ações necessárias nesse momento de Crise econômica. A Mercedes-Benz está negociando com o Sindicato dos Metalúrgicos do grande ABC, para manter os funcionários na unidade, mas cortes serão inevitáveis.
No primeiro semestre de 2016, a Mercedes teve uma queda muito alta nas vendas, sendo que de janeiro até julho, vendeu 4.098 ônibus e 8.783 caminhões. As quedas são, respectivamente, de 27,7% e 23,3% em relação ao ano passado, que já começava a amargar a crise econômica nacional.
O que acontecerá com os funcionários
Na sexta-feira, 12, os funcionários foram comunicados, oficialmente, de que a partir de segunda-feira, 15, a fábrica deixará de funcionar.
Todos os funcionários receberão uma licença remunerada, enquanto a diretoria decide como procederão com os cortes.
No dia 4 de agosto, a montadora já havia comunicado aos metalúrgicos que precisava fazer um ajuste em seu quadro de funcionários, pois está com um excedente ocioso de 2.500 pessoas. A empresa tentou de todas as formas evitar as demissões, utilizando o Programa de Proteção ao Emprego por um ano, além de colocar 1.400 funcionários recebendo uma licença remunerada nos últimos seis meses.
Entretanto, a situação não pode mais se estender e decisões devem ser tomadas.
O Sindicato dos Metalúrgicos tentará reverter as dispensas na próxima semana. A estabilidade dos contratos dos funcionários, termina dia 31 de agosto.