A inovação diz respeito ao ato de implementar ideias com vistas a atender as necessidades sociais, sendo um fator chave para o desenvolvimento econômico. O austríaco-americano Joseph Schumpeter foi precursor ao difundir reflexões sobre inovação, discorrendo que ela acontece de forma dinâmica, onde uma substitui outra, denominando isso de “destruição criativa”.

Existem basicamente 4 tipos de inovações:

  1. Produto: significa criar um novo produto ou um novo processo comercial ou de serviço.
  2. Processo: são esforços para o desenvolvimento e implementação de novas técnicas para a produção e processos aperfeiçoados.
  3. Organização: envolve novas técnicas de gestão sobre práticas comerciais ou de mudanças na configuração do trabalho.
  4. Marketing: refere-se a novas estratégias de marketing. Pode ocorrer na estética, desenho ou embalagem dos produtos, por exemplo.

Esses processos se desenvolvem de acordo com a realidade e a necessidade de cada modelo de negócio.

Perspectivas na cultura da inovação

Sobre o que vem mudando na cultura da inovação, atualmente, as interações entre as pessoas, cada vez mais facilitada devido ao desenvolvimento das tecnologias da informação, vêm fazendo surgir um conceito de inovação disruptiva, como foi definida por Clayton Christensen, professor da Harvard Business School e especialista em estratégias de inovação. Esse tipo de inovação promete apresentar soluções mais eficientes, dando forma a novos modelos de negócios.

Antes, no contexto da Revolução Industrial, os meios de produção, inclusive as técnicas, eram tidas como fonte de poder e se concentravam nas mãos de poucos executivos. Hoje, esse cenário vem se invertendo com a proposta do movimento maker, “faça você mesmo”.

Tal conceito é difundido nos EUA e vem ganhando adeptos em outras partes do mundo.

O movimento maker tem a filosofia de valorizar a criação e desenvolver o pensamento crítico de cada um, em que pessoas comuns, de qualquer lugar, colocam a mão na massa para gerar produtos, modificar e desenvolver diversos tipos de projetos e novos modelos de negócios com suas próprias mãos.

Outro caminho diz respeito à indústria 4.0, no formato digital, que ganhou força na Alemanha e vem se espalhando pelo mundo. Em que robôs predominam e já conseguem se comunicar, tornando o processo produtivo mais eficiente e com menos paradas por problemas de funcionamento.

O Insper, em São Paulo, por exemplo, estruturou um Fab Lab (laboratório fabuloso), que tem como objetivo unir estudantes, empreendedores, interessados no movimento maker e comunidade em geral.

O fab Lab apresenta um formato colaborativo. São várias máquinas digitais e equipamentos de eletrônica. O local reúne máquinas como cortadora a laser, impressoras 3D, cortadora de vinil, fresadora de precisão e de grande formato. Oferecendo novas oportunidades para a inovação.

Cresce também outros tipos de inovação: a open innovation (inovação aberta), a de crowdsourcing, em que empresas ultrapassam suas fronteiras buscando parcerias para a inovação. Surgindo os brokers de inovação. Como fazem as empresas norte-americanas InnoCentive e NineSigma, que aproximam grandes empresas que, via internet, buscam solucionar desafios de negócios com agentes autônomos, através das plataformas de colaboração.

Todo esse cenário mostra o enveredar de uma nova Revolução Industrial de proporções gigantes e profundas para o ramo do empreendedorismo e para nossa sociedade.