A Caixa Econômica Federal deu uma boa notícia para quem está esperando a segunda parcela do auxílio emergencial de 600 reais, oferecido pelo Governo federal para amenizar os efeitos econômicos da crise do novo coronavírus. Em uma live feita na noite desta quinta-feira (14), ao lado de Jair Bolsonaro, o presidente da estatal, Pedro Guimarães, disse que os pagamentos começarão a ser efetuados na próxima semana.
Um calendário completo de pagamento será divulgado em entrevista coletiva que acontecerá às 15 horas desta sexta-feira (15), mas Guimarães adianta que os depósitos serão feitos de forma escalonada, ou seja, de acordo com a data de nascimento da pessoa.
De acordo com dados divulgados pelo banco estatal, até as 12 horas da terça-feira (13), haviam sido creditados 35,5 bilhões de reais a 50 milhões de brasileiros. Os números são os mesmos informados desde o dia 30 do mês passado.
Apenas quem é beneficiário do Bolsa Família já conhece a data que receberá a segunda parcela, uma vez que os pagamentos seguem com o calendário do programa.
Primeira parcela
O presidente da Caixa disse ainda que entre sexta (15) e sábado (16) será pago mais um lote ainda referente à primeira parcela do benefício. Ele deverá ser pago a pessoas que apresentaram em um primeiro momento inconsistências em seus cadastros.
Guimarães, no entanto, não revelou quantas pessoas serão beneficiadas com esses pagamentos e também se na próxima semana ainda serão liberados valores referentes à primeira parcela.
50 milhões de contas digitais
Para poder pagar a primeira parcela do auxílio emergencial para pessoas que não dispunham de conta em banco ou cartão do Cadastro Único do governo federal (CadÚnico), a Caixa criou cerca de 20 milhões de contas digitais.
Agora, de acordo com Pedro Guimarães, é que todas as pessoas, inclusive as que possuem conta, recebam dessa forma.
Segundo ele, essas contas serão de graça.
Banco Central pede produção de cédulas
O auxílio emergencial oferecido pelo governo criou um inesperado problema para o Banco Central, que é a ameaça de insuficiência de cédulas para colocar em circulação. Com os estoques considerados baixos, o BC já pediu para que a Casa da Moeda antecipasse a produção de 9 bilhões de reais em notas.
Deste o início do isolamento social, o Banco Central tem notado que as pessoas e empresas têm guardado dinheiro para a formação de reservas e aio mesmo tempo diminuído o consumo no comércio, o que faz com que essas notas não voltem para o sistema bancário. Ou seja, as pessoas recebem o dinheiro em papel moeda e ele não volta para a economia. Esse fenômeno é chamado de “entesouramento”.
“Muitas pessoas que sacam dinheiro colocam em casa. Em geral, não está voltando para a economia”, disse Mansueto Almeida, secretário do Tesouro. Ele assegurou que não faltará dinheiro.