Muitos só se lembram dos campeões. Alguns dizem que o vice é o primeiro dos últimos. Que tal invertermos as tabelas? Em homenagem aos times que foram esquecidos e que nenhum de seus torcedores deseja recordar, resgatamos aqueles que com afinco seguraram as lanternas da história do Futebol brasileiro.

O primeiro brasileirão sem dúvida foi dos alvinegros. O Ceará foi o lanterninha de 1971, fato que não se repetiu - assim como o campeão, Atlético-MG, que não voltou a levantar a caneca. O próprio Galo conquistou a sua lanterna, em 1993 (o clube mineiro permaneceu na elite graças ao regulamento).

Outros campeões brasileiros também integram a lista: Bahia, Botafogo, Corinthians (o único a ser lanterna antes de ser campeão. Foi na polêmica Copa União de 1987, na qual não havia o rebaixamento), Coritiba, Grêmio e Sport.

Disputa acirrada

Os clubes de São Paulo perseguem os pernambucanos em busca da hegemonia da lanterna. Os paulistas conquistaram 6, os pernambucanos 7. O União São João de Araras adicionou duas lanternas para São Paulo. O clube conseguiu a façanha de ser lanterna em 95 e 97. Os outros paulistas a amargarem a última colocação foram a Inter de Limeira, o Bragantino e o Prudente.

O Sport, único pernambucano campeão brasileiro e da Copa do Brasil, parece não querer dar espaço aos rivais nem quando o assunto é ser o pior.

Em 1999, 2001 e 2009, o Leão finalizou a tabela do Brasileirão em último. Náutico (1994 e 2013) e Santa Cruz (2000 e 2006) só chegaram ao bi.

Futebol emergente

Os clubes de Santa Catarina vivem no purgatório. Se todo ano sobe um ou mais para a série A, nas últimas quatro competições os catarinenses emplacaram 3 lanternas: Avaí, em 2011, Figueirense em 2012 e o Criciúma em 2014.

Maiores lanternas

O Sport tem a companhia do surpreendente Sergipe - ambos são "Tri" do Campeonato Brasileiro. Os sergipanos ficaram em último nos anos de 1972, 1973 e em 1984. Com duas lanternas estão: Náutico, Santa Cruz, América-RN, União São João-SP e Desportiva-ES.

Em 2000, Santa Cruz e Corinthians disputaram ponto-a-ponto a lanterna.

Os corintianos, então campeões do controverso Mundial Fifa, não conseguiram a Bi-lanterna - apesar dos esforços de sua torcida que ameaçou seus jogadores. O clube paulista obteve mais derrotas, 16, porém, venceu uma partida a mais e deixou de ficar em último pelos critérios de desempate.