Que o Futebol brasileiro segue revelando talentos, não restam dúvidas. Ocorre que muitos deles acabam ficando no meio do caminho, seja pela falta de acompanhamento profissional, por problemas de lesões ou a perda de foco no campo. Abaixo, listamos cinco exemplos claros de joias desperdiçadas que surgiram muito bem, mas não deram continuidade ao que se imaginava.

Lenny- Oswaldo de Oliveira, então treinador do Fluminense em 2006, não conseguiu se conter em uma entrevista coletiva: "A gente tenta se controlar, não elogiar demais, mas o menino é prodígio mesmo".

Ele falava de Lenny, jovem atacante que, aos 18 anos, enchia de esperança os tricolores. O ápice foi um golaço feito contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela Copa do Brasil do mesmo ano.

Contudo, Lenny acabou oscilando na mesma temporada e não repetiu as grandes atuações de logo que subiu ao profissional. Como se não bastasse, começou a sofrer lesões em sequência. Alguns anos depois, chegou a ter lampejos de bom futebol no Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo, mas também não chegou a se afirmar. Nos últimos tempos, perambulou por outros sete clubes e recentemente, via Instagram, foi convidado para jogar em um pequeno clube do Espírito Santo.

Kerlon- Todo mundo levou as mãos à cabeça e começou a se perguntar quem era aquele garoto que botava a bola na cabeça e saía driblando todo mundo.

Kerlon, o foquinha, demonstrava a ousadia de sua jogada atuando pelo Cruzeiro em um clássico contra o Atlético-MG. Detalhe: com apenas 17 anos.

O destino acabou pregando algumas peças. Ainda novo, o jovem acabou tendo graves lesões de joelho e nunca mais conseguiu recuperar o futebol. Com 26 anos, atualmente joga em Barbados.

Jerri- No Santos, o meia Jerri foi obrigado a carregar o enorme fardo de ser o substituto natural de uma geração que teve "apenas" Diego e Robinho. Chegou a ter boas atuações, mas, naturalmente, não repetiu o desempenho das outras duas joias citadas.

Em seguida, o Peixe contratou o experiente Ricardinho e então a nova promessa caiu no esquecimento.

Saiu da Vila Belmiro e foi tentar a sorte em outros clubes. Jogou na Arábia, Emirados e hoje em dia atua na Tailândia.

Galatto - Herói absoluto do Grêmio na famosa Batalha dos Aflitos, o goleiro Galatto teve tudo para deslanchar na carreira após defender o milagroso pênalti que recolocou o tricolor na série A. Seguiu na titularidade do clube gaúcho, mas logo foi desbancado por Marcelo Grohe.

Anos depois, Galatto fez um bom Campeonato Brasileiro pelo Atlético-PR. Rodou o mundo jogando futebol, sem nunca conseguir se destacar em um mesmo clube. Recentemente, foi contratado pelo Juventude, de Caxias do Sul.

Morais- Depois de uma série de títulos no final da década de 90, os anos seguintes foram complicados para o Vasco da Gama, que tentava sair de uma dura crise financeira.

Nesse mar de dificuldades, brotava uma esperança chamada Morais. O jovem meia poderia representar a solução dentro de campo e o desafogo econômico em uma futura venda.

Entretanto, o jogador veio a ter altos e baixos pelo clube até sair de São Januário para buscar o seu espaço em outros clubes. No Brasil, também passou por Corinthians, sem muito destaque. Atualmente, defende o CRB, seu primeiro clube.