O Brasil voltará a ter piloto em uma equipe de Fórmula 1 em 2019. Destaque nas categorias de acesso, o mineiro Sérgio Sette Câmara assinou contrato com a equipe McLaren, a mesma em que Ayrton Senna conquistou seus três títulos mundiais e que Emerson Fittipaldi obteve seu segundo título. O anúncio foi feito pelo site oficial da escuderia.
No entanto, o torcedor terá que esperar um pouco mais para vê-lo em corridas, uma vez que inicialmente ele cumprirá a função de piloto de testes, além de participar do programa de desenvolvimento da escuderia inglesa.
“Estamos muito honrados de dar as boas-vindas ao Sérgio na McLaren”, disse o brasileiro Gil de Ferran, diretor esportivo da equipe.
“É um sonho ser piloto da Fórmula 1 um dia”, disse o brasileiro de 20 anos, logo após o anúncio. “Gostaria de agradecer à McLaren por me dar esta incrível oportunidade”, seguiu o brasileiro que é um dos destaques da Fórmula 2, último degrau antes de se chegar na categoria máxima do Automobilismo mundial.
Nesta temporada, ele é companheiro de equipe do inglês Lando Norris, que em 2019 será piloto titular da equipe, ao lado do espanhol Carlos Sainz, que ficará no lugar do compatriota Fernando Alonso, que deixará a Fórmula 1 ao final desta temporada.
Antes de chegar à Fórmula 2, no ano passado, com direito à vitória na Bélgica, Sette Câmara disputou a Fórmula 3 Brasil e a F3 Europeia.
Na atual temporada, foi oito vezes ao pódio e ocupa a sexta colocação no campeonato.
McLaren e os quatro títulos de brasileiros
A relação entre a McLaren e pilotos brasileiros na Fórmula 1 vem desde a década de 70. Em 1974, Emerson Fittipaldi conquistou seu segundo título –primeiro havia sido dois anos antes pela Lotus– pela equipe inglesa, que na época já ostentava a famosa pintura branco e vermelha, em alusão à marca de cigarro que patrocinou o time até meados da década de 90.
Em 1978, Nelson Piquet fez três corridas com um carro fabricado pela equipe, que havia sido alugado pela BS Fabrications.
Mas a imagem mais marcante mesmo fica por conta das seis temporadas que o brasileiro disputou pelo time, sendo três vezes campeão e duas vezes vice. Além dos canecos em 1988, 1990 e 1991, foram 35 vitórias pela equipe, inclusive as duas vezes em que venceu o Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos.
Além dos campeões, Mário Haberfeld chegou a integrar o programa de pilotos da equipe. Rubens Barrichello e Christian Fittipaldi chegaram a ter conversas com o time em meados da década de 90.