O Fluminense já tem um novo treinador. Após ouvir “não” de Abel Braga e Dorival Júnior, a diretoria do Tricolor anunciou na noite desta terça-feira (20) a contratação do veterano Oswaldo Oliveira, de 68 anos, que chega para sua terceira passagem nas Laranjeiras.

O acordo não tem prazo determinado e ele será apresentado na próxima segunda-feira (26). Até lá, o time será dirigido de forma interina pelo auxiliar técnico Marcão, que dirigirá o time na partida desta quinta-feira (22), contra o Corinthians, em São Paulo, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.

Seu último trabalho foi no Urawa Reds, do Japão, no primeiro semestre deste ano. Junto com o novo treinador também chegam os auxiliares Luiz Alberto da Silva e Sidney Morais.

No entanto, para o jogo na Arena corintiana, o treinador viajará com o elenco, mas não ficará à beira do gramado. A estreia do treinador, curiosamente será contra o Corinthians, mas no jogo de volta da Sul-Americana, semana que vem.

Além de levar o time para as semifinais da Sul-Americana, repetindo o feito do ano passado, Oswaldo ainda terá a missão de tirar o Tricolor da zona de rebaixamento do Brasileirão.

Com apenas três vitórias, o time é o 18º colocado. Como o jogo diante do Palmeiras foi adiado para o próximo dia 10 de setembro, o próximo compromisso no Brasileirão será no dia 2 de setembro, uma segunda-feira, contra o Avaí, no Maracanã.

O time catarinense é o lanterna da competição, sem ter vencido um jogo sequer.

As duas passagens pelas Laranjeiras

A primeira passagem de Oswaldo pelas Laranjeiras foi em 2001, após bons trabalhos pelo Corinthians, onde foi campeão paulista e brasileiro em 1999 e mundial em 2000, além de chegar às finais da Copa Mercosul e João Havelange com o Vasco em 2000, mas sendo demitido na reta final desses torneios após divergências com Eurico Miranda.

No clube fez ótima campanha no Brasileirão daquele ano, chegou até as semifinais, mas acabou caindo frente ao Athletico Paranaense, que mais tarde seria o campeão, ao sofrer um gol aos 44 minutos do segundo tempo.

Em 2006 ele retornou ao clube e fazia novamente um bom trabalho, quando na ocasião chegou a liderar o Campeonato Brasileiro e alcançou as semifinais da Copa do Brasil, mas por divergências com Celso Barros, hoje vice de Futebol do clube.

Na época ele disse que o dirigente queria escalar a equipe. Celso não gostou do treinador ter barrado Petkovic.

Curiosamente, três anos depois dessa divergência, Barros se tornou o principal entusiasta na volta do treinador ao clube. Paulo Angioni, amigo de longa data do treinador, também teve papel importante para convencer o presidente Márcio Bittencourt.