Nitidamente no Palmeiras já iniciou sua reformulação para a próxima temporada. No início da noite deste domingo (1º), logo após a derrota para o Flamengo em pleno Allianz Parque por 3 a 1, da diretoria do Palmeiras anunciou as demissões do técnico Mano Menezes e também do diretor de futebol Alexandre Mattos.
Mattos vinha sendo um dois principais alvos dos protestos dos torcedores, sobretudo nos últimos dias, que estavam revoltados pela falta de resultados na temporada, apenas do clube ter um dos mais altos investimentos do futebol brasileiro. Wesley Carvalho, técnico da equipe sub 20, é o mais cotado para assumir o comando de forma interina nas duas últimas rodadas do Brasileirão.
Mano ficou um turno à frente do Verdão
Mano Menezes, que havia assumido no lugar de Luiz Felipe Scolari, curiosamente demitido após derrota para o mesmo Flamengo no primeiro turno, ficou um turno completo, mais um jogo adiado contra o Fluminense, à frente do time palmeirense. Em 20 partidas foram 11 vitórias, quatro derrotas (sendo três nos últimos três jogos) e cinco empates.
“Neste momento a gente anuncia o encerramento de um ciclo. A saída do Mano Menezes”, comunicou o presidente Maurício Galiotte.
Apesar de ter tido um início muito promissor, engatando uma sequência de vitórias, nas últimas cinco rodadas a equipe perdeu rendimento e permitiu que o Flamengo abrisse uma vantagem que lhe permitisse ser campeão com quatro rodadas de antecedência.
Neste domingo, antes de a bola rolar, o treinador teve que enfrentar protestos dos torcedores.
Mattos não resistiu a pressão
Bastante contestado ao longo do ano, o diretor de futebol, outrora bancado pelo presidente Maurício Galiotte, foi outro a encerrar seu ciclo no Verdão na noite deste domingo (1º). Na semana passada, antes da derrota para o Grêmio, também no Allianz, ele havia garantido que Mano Menezes seria o técnico para 2020, mas as coisas começaram a mudar principalmente depois da derrota para o Fluminense no meio de semana.
Contratado em 2015, no tempo em que trabalhou no clube, Mattos –que chegou a ser chamado de Alexandre “Mitos”–, foram conquistados dois títulos de Campeão Brasileiro e um da Copa do Brasil, mas a queda de produção do time no segundo semestre e a falta de títulos no ano fizeram a pressão sobre ele ficar praticamente insustentável.
Ele tinha contrato com o clube até 2021.
“Temos de fazer 2020 diferente, com atitude, postura, entrega, comprometimento. Isso faltou”, disse Galiotte ao comentar a saída de seu diretor de futebol, também atribuindo a si a responsabilidade pelo momento que a equipe atravessa. “É o momento que a gente entende que tem de fazer de diferente”, disse.