De férias em Madrid, o técnico Jorge Sampaoli explicou os motivos pelos quais não renovou seu acordo com o Santos e também porque não acertou sua ida para o Palmeiras. A razão para a não permanência em um clube e a ida para outro tem em comum o time do Flamengo. As declarações foram dadas em entrevista para a agência de notícias Efe.
Para o argentino, o Brasil é um país muito exigente em relação as suas posturas esportivas. Ele disse também que o Flamengo avançou muito em relação aos outros times brasileiros e não viu condição de se ver brigando pelo título do Brasileirão na próxima temporada.
“Minha ideia de ficar no país era para brigar pelo torneio (Brasileirão). Isso não aconteceu”, disse o ex-técnico da Argentina e Sevilla.
Especificamente sobre o Santos, Sampaoli disse que não enxergou capacidade no clube em investir em reforços e por isso decidiu sair. “O clube tinha uma transição que não permitiria fazer coisas importantes na Libertadores ou no Brasileiro”, disse o treinador, afirmando que o melhor para ambas as partes foi cada um seguir seu caminho. Para ele, o clube tinha para 2020 uma transição que não permitia pensar em coisas grandes para a Libertadores.
Já a recusa em trabalhar no Palmeiras, também seguiu esse conceito. Além de não chegarem a um denominador comum no tocante à parte financeira, o treinador também não viu o Verdão em condição de competir com o Flamengo.
Sobre seu futuro, uma vez que não acertou com nenhum dos times, Sampaoli disse que irá para onde o Futebol lhe levar e ele se sentir feliz. A seleção do Equador é um dos que aparece interessado nos trabalhos do argentino.
Vida pôs-Sampaoli
Após as recusas do treinador, Palmeiras e Santos adotaram posturas diferentes até o momento.
O Verdão agiu rápido e contratou o velho conhecido Vanderlei Luxemburgo, que chega para sua quinta passagem no Palestra Itália.
Já o Santos segue em busca de um novo treinador e dois nomes estrangeiros estão na lista do presidente José Carlos Peres.
Um deles é bem conhecido do torcedor brasileiro. Trata-se de Juan Carlos Osorio, hoje no Atlético Nacional e que dirigiu o São Paulo na temporada de 2016.
Seu nome é o preferido do mandatário santista, que deseja manter o esquema ofensivo implantado por Sampaoli.
Outro nome estrangeiro na lista é o de Gabriel Heinze, hoje no comando do Vélez Sarsfield, da Argentina. O ex-zagueiro também já dirigiu Godoy Cruz e Argentinos Junior, ambos também da Argentina.
Um terceiro nome de fora do Brasil que apareceu na lista de desejos da diretoria santista é Rafael Dudamel. No entanto, os altos vencimentos do treinador da seleção venezuelana desanimaram a cúpula alvinegra.