O Esporte Espetacular revelou um esquema de manipulação de resultados dos jogos no Rio de Janeiro. Essa foi a primeira vez que uma equipe de televisão conseguiu divulgar esse tipo de imagem no Brasil.

Depois de três meses de investigações, depoimentos de jogadores e até acesso a conversas entre os envolvidos no crime, o canal de TV conseguiu flagrar em vídeo a atuação dos suspeitos de fraudar os resultados dos jogos da quarta divisão do Rio de Janeiro.

Como os times que estavam envolvidos eram pequenos, onde os atletas recebiam um salário baixo, e alguns sequer recebiam, a competição foi facilmente fraudada pelos suspeitos.

Segundo o Esporte Espetacular, eles estiveram presentes em pelo menos quinze jogos e viajaram por 3.700 KM para conseguirem flagra a ação dos fraudadores.

Dos quinze clubes que estavam nas quartas de final no Rio de Janeiro, pelo menos oito são suspeitos de estarem envolvidos na fraude dos resultados. Em troca de propina, os dirigentes e os atletas concordaram em entregar o jogo e serem derrotados nas partidas.

Flagrante do presidente do Atlético Carioca

Maicon Vilela, que é presidente do Atlético Carioca, apostou na derrota do próprio clube e foi flagrado comemorando o gol dos adversários.

Os suspeitos de fraudarem os resultados agiam de maneira livre nos estádios, assediavam jogadores e escalavam atletas, as apostas eram feitas em um site com sede fora do Brasil.

Quando confrontados todos os suspeitos da fraude se declararam inocentes. A Federação de esportes do Rio de Janeiro, disse que não tinha conhecimento do crime e pediu uma investigação do caso.

Agora a Delegacia de Defraudações da Polícia Civil, juntamente com o GAEDEST, estão investigando o caso.

Fantástico também revelou um esquema em 2018

Infelizmente a fraude no Futebol do Rio de Janeiro não é a primeira descoberta, em 2018 o Fantástico revelou um esquema parecido na Paraíba.

O esquema envolvia árbitros e dirigentes do futebol paraibano, na ocasião a polícia civil monitorou mais de 115 telefonemas e 100 mil mensagens, depois das investigações a polícia descobriu que o maior beneficiado no esquema foi o Botafogo-PB.

Nas gravações interceptadas pela polícia, Breno Morais, vice-presidente do Botafogo-PB, na época estava negociando com o árbitro José Renato Soares, que, na ocasião, era o presidente da comissão de arbitragem da FPF.

Os documentos que foram apreendidos na ocasião foram segundo o delegado Marcos Paulo, suficientes para provar que havia corrupção no futebol da Paraíba.

Infelizmente a máfia da fraude nos resultados de futebol está se repetindo, dessa vez no Rio de Janeiro, e as investigações continuam.