Suspeito de má gestão, o economista e ex-chefe da Fifa Joseph Blatter, de 84 anos, é investigado por realizar um empréstimo em 2010 para a Federação de Futebol de Trinidad e Tobago, sem juros nem garantias.
O Ministério Público da Suíça (MPC) informou à agência AFP, por e-mail, que esse processo criminal será incluído a tantos outros existentes contra o ex-presidente da Fifa. Segundo as investigações, a nova acusação se torna uma ramificação dos supostos crimes. Os novos dados mostram que há mais dois suspeitos de participar do suposto esquema, são eles: o ex-diretor financeiro Markus Kattner e o ex-secretário-geral Jérôme Valcke, que faziam parte da equipe de Blatter em 2010.
No documento consta ainda que o valor repassado foi retirado dos fundos do futebol e com o tempo se tornaram uma espécie de presente à TTFF, segundo informações fornecidas pela AFP.
Blatter dispensa empréstimo feito pela conta da Fifa
O ex-presidente da Fifa foi informado pelos promotores federais sobre o crime ao qual foi acusado e está sendo investigado. Logo, Blatter negou que tivesse havido qualquer tipo de irregularidade durante seu tempo na presidência da Fifa.
Em 13 de abril de 2010, uma conta da Fifa registrou a transferência de 1 milhão de dólares. Na ocasião o assunto foi tratado como empréstimo, mas posteriormente foi dispensando seu pagamento. Constam ainda nas investigações pagamentos irregulares que beneficiaram o ex-presidente da Concacaf, Jack Warner.
Warner foi condenado por participação em esquemas
No ano passado, Warner foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos a pagar uma indenização de cerca de R$ 297 milhões (US$ 79 milhões) por ter participado de vários esquemas e escândalos de corrupção. No documento da investigação, consta as provas dos vários pagamentos que a Fifa fez a Warner.
Atualmente, Jack Warner está expulso e impossibilitado de retornar às atividades futebolísticas, após ser acusado de cometer atos de corrupção durante longos anos.
Em 2005, Blatter teve a investigação do MPC referente a direitos televisivos arquivada. Contudo, o suíço ainda está na mira de outro processo criminal sobre dois milhões de francos suíços que foram destinados ao presidente da Uefa, Michel Platini, culminando no afastamento do mesmo de toda e qualquer atividade futebolística. Entretanto, 13 anos depois, em maio de 2018, Platini foi absolvido pela Justiça da Suíça.