Enquanto o mundo do Futebol ainda a sente a perda de Diego Maradona, outro grande nome do futebol em Copas do Mundo tem sua estrela apagada. Morreu nesta quarta-feira, (9) o ex-jogador italiano Paolo Rossi, carrasco da seleção brasileira na Copa de 1982, na Espanha. Ele marcou os três gols da vitória da Azzurra por 3 a 2 diante do esquadrão verde e amarelo dirigido por Telê Santana.

O jornalista Enrico Varriale, da emissora italiana RAI, foi o primeiro a dar a notícia da morte do ex-jogador, e posteriormente outros veículos de comunicação da Itália repercutiram o fato. As causas do falecimento não foram divulgadas. Ele deixa a esposa, Federica Cappelletti, com quem era casado desde 2010, e os filhos Sofia Elena, Maria Vittoria e Alessandro.

Gancho pesado antes da consagração

Por muito pouco a história do mundial de 1982 não teve um desfecho totalmente diferente e, quem sabe, favorável aos torcedores brasileiros.

Em 1980 ele se viu envolvido em um escândalo de manipulação de resultados, quando jogava pelo Perugia, e inicialmente chegou a ser suspenso do futebol por três anos, mas posteriormente teve sua pena reduzida para apenas dois anos, o que lhe deu a chance de participar da Copa.

No período de gancho foi contratado pela Juventus e fez apenas três jogos oficiais antes da convocação final.

Na primeira fase ele teve atuação apagada e não marcou nenhum gol. Porém, as coisas começaram a mudar para ele justamente no jogo contra o Brasil, quando marcou os três gols italianos na partida.

Nas seminais, contra a seleção da Polônia, voltou a marcar duas vezes, e na final, contra a Alemanha, marcou um dos três gols na vitória por 3 a 1, terminando o mundial como artilheiro, com seis gols marcados.

A carreira

Nascido na cidade de Prato, em Florença, Paolo Rossi começou jogando pela poderosa Juventus, time pelo qual ganhou duas vezes o campeonato italiano além da Copa Europeia, o que é hoje a Liga dos Campeões.

Em seu currículo vencedor também conta com uma Supercopa da Uefa, um título da extinta Recopa Europeia e uma Copa da Itália. Também foi campeão da Série B italiana defendendo o Vicenza.

Ele ainda defenderia o Milan e o Hellas Verona, clube pelo qual pendurou as chuteiras após o fim da temporada de 1987.

Além da Copa de 1982, o atacante também esteve no mundial da Argentina, disputado quatro anos antes, quando marcou três gols e os italianos terminaram na quarta colocação. Ele também foi convocado para a Copa de 1986, no México, mas desta vez sequer entrou em campo, ficando todo o tempo no banco de reservas e vendo a então campeã ser eliminada ainda nas oitavas de final, pela França, que na fase seguinte viria a derrotar o Brasil nos pênaltis.