Nesta segunda-feira (5), a comissão do governo espanhol responsável por combater o racismo no esporte anunciou as sanções aplicadas aos envolvidos em insultos direcionados ao atacante brasileiro Vinicius Junior [VIDEO], do Real Madrid, durante dois jogos distintos, contra o Atlético de Madrid e o Valencia, válidos pelo Campeonato Espanhol 2022/23.
Três torcedores que proferiram comentários racistas direcionados ao jogador brasileiro durante o confronto contra o Valencia, ocorrido duas semanas atrás, foram punidos com uma multa de 5 mil euros e impedidos de comparecer a estádios pelo período de um ano. Outros quatro indivíduos, acusados de pendurarem um boneco vestindo a camiseta do atacante antes do clássico contra o Atlético, em janeiro, foram multados em 60 mil euros e tiveram sua presença em estádios proibida por dois anos.
A Comissão de Combate à Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância, órgão vinculado ao Ministério do Esporte, é encarregada de aplicar sanções aos acusados de atos de intolerância e tem sido alvo de grande atenção nas últimas semanas, diante dos repetidos casos de racismo envolvendo Vinicius Junior.
As medidas disciplinares foram definidas após uma reunião realizada nesta segunda-feira, mais de cinco meses após o confronto contra o Atlético de Madrid em 26 de janeiro. Na ocasião, torcedores do time rival do Real Madrid exibiram uma faixa na capital espanhola com a inscrição "Madri odeia o Real", acompanhada de um boneco com o número 20 e o nome de Vinicius Junior.
A prisão dos quatro indivíduos envolvidos em atos racistas ocorreu apenas duas semanas atrás, dois dias após um novo incidente de racismo contra Vinicius Junior durante o confronto contra o Valencia, no Estádio Mestalla. O caso gerou ampla repercussão na mídia esportiva tanto na Espanha, quanto no Brasil, como também no mundo.
Relembre o caso
Vinicius Junior sofreu um caso de discriminação racial durante a partida do Campeonato Espanhol contra o Valencia, realizada no Estádio Mestalla, em 21 de maio. Apesar de não ter sido a primeira, a ocorrência ganhou repercussão mundial e colocou em evidência os frequentes episódios de racismo direcionados ao jogador brasileiro.
Logo após a partida, o treinador Carlo Ancelotti fez questão de condenar veementemente os insultos racistas direcionados a Vinicius, afirmando que não tinha interesse em discutir Futebol após os eventos ocorridos no Mestalla. Ele destacou que algo está seriamente errado nessa liga.
Horas depois do incidente, o presidente da LaLiga, Javier Tebas, que já havia tido confrontos nas redes sociais com o jogador brasileiro recentemente, novamente se manifestou criticando-o. O dirigente alegou que Vini "precisa se informar", acusando-o de não comparecer quando solicitado. Dias depois, ele pediu desculpas a Vinicius em uma entrevista ao portal ge.