É impossível falar de Grécia, sem ser transportado para as românticas ilhas gregas. Mas não são somente as ilhas com casinhas brancas e janelas azuis, que constituem a Grécia. O continente em si também é bastante exuberante e repleto de características singulares. Por exemplo, Tessalônica é a cidade mais cosmopolita do norte e só perde, no que diz respeito às atividades culturais, vida noturna agitada, refeições fartas e diversidade de itens para compras se comparada a capital do país, Atenas. Entretanto, os viajantes e habitantes locais, afirmam que a Ninfa do Thermáico (expressão de como é conhecida a cidade, tendo um golfo do mar Mediterrâneo banhando a mesma) é a mais bonita de toda a Grécia.

A cidade em si é favorecida logisticamente, pois dela partem transportes e roteiros para todas as áreas da região e demais países dos Balcãs. Outra característica importante é a de ser uma metrópole de universitários – mais de 80.000 deles, inclusive estudantes brasileiros – traduzindo animação todo o ano e não unicamente na alta temporada turística.

Os principais pontos de atração de Tessalônica são:

  • A Torre Branca é o mais famoso dos monumentos e está aberta para visitações pagando uma pequena taxa. A história da torre está envolta em um passado triste com o massacre dos gregos pelos turcos no início de 1800. O nome Torre Branca originou-se em 1913, quando os gregos a reconquistaram e a caiaram, restaurando a estrutura. Hoje há nela um museu interativo que apresenta a história da cidade nos vários andares internos da torre com displays de multimídia projetados pela Apple;
  • O Palácio, o Arco e a Rotunda do imperador romano Galerius constituem-se em outros pontos de visitação importante. O Palácio em si é revestido internamente e, principalmente nos pisos, de mosaicos. Já o Arco de Galerius tem soldados esculpidos em cenas de combate. A Rotunda de Galerius fica um pouco a frente do arco e foi construída pelo imperador com o objetivo de ser seu futuro mausoléu, mas nunca foi finalizada.

Tessalônica possui belíssimas igrejas bizantinas, todas com entrada franca.

A igreja ortodoxa de Agios Dimitrios (São Demétrios) é considerada uma das mais suntuosas de toda a Grécia, sendo a igreja do santo padroeiro local, com mosaicos do 8.º século, chegando até o altar. A Igreja de Agia Sofia (Santa Sofia) também é do século VIII, ostenta um mosaico da Ascensão de Cristo na sua abóboda. Outra igreja de representação histórica é a de Panagia Ahiropiitos (Nossa Senhora) do 5.º século com belos afrescos e mosaicos.

O remoto Mosteiro de Vlatadon possui um pequeno museu e loja de lembrancinhas para os turistas. Demais igrejas como a de Osios David, Nikolaos Orfanos e tantas outras são testemunhas ainda presentes da inclinação religiosa de um período específico do país e do seu povo.

Os turistas e estudiosos da cultura grega também podem fartar-se, aproveitando os museus macedônios e helenísticos antigos.

Tanto é assim que há a Cratera de Derveni, que é um vaso helenístico enorme de bronze e estanho, que já conteve a mistura de vinho e água e também foi usado como urna funerária. A obra tem relevos intrincados que desenham a vida de Dionísio associada a figuras mitológicas, videiras, animais e os ramos de hera bem presentes na Grécia.

Talvez o filósofo grego Sócrates não tivesse dito a sua famosa citação, “eu sou um cidadão, não de Atenas ou da Grécia, mas do mundo”, se ele tivesse vivido em Tessalônica, a Ninfa do Thermáico.