Depois do incêndio da primeira paixão, não importa quantas vezes haja chamas no coração de um homem, não é mais a mesma coisa: certas partes do coração não pegam mais fogo por terem já virado cinzas da primeira vez. Há certas coisas que um homem só faz no seu primeiro Amor, enquanto ainda está aprendendo a amar e ser amado, ainda está testando a difícil interação entre paixão, orgulho pessoal e bom senso (depois de um certo tempo, o orgulho pessoal e o bom senso começam previsivelmente a ganhar um número cada vez maior de confrontos).
Apresentar logo para os pais - Da primeira vez que um homem se apaixona, a amada parece tão perfeita e o amor que ela desperta nele algo tão sublime que não resta dúvidas de que ela é e sempre será a mulher da vida dele.
Viver sem ela parece algo inconcebível. Nessas circunstâncias – e praticamente só nelas --, parece fazer todo sentido do mundo apresentar a moça aos “sogros”. Com a experiência de outros amores e de anteriores rompimentos, o homem costuma se tornar bem mais cauteloso, a pesar com mais cuidado a sensatez a conveniência de apresentar a paquera do momento aos pais.
Fazer tudo o eu ela quer, ceder a todas suas chantagens, cair na manha dela – Estreando na vida romântica, é difícil para o homem definir o que é normal, daí acabam, por fazer tudo o que ela quer. Com a experiência, ele fica calejado e aprende a dizer “não”, quando razoável.
Trocar os amigos pela namorada - Os ardores do primeiro amor e a inexperiência do namorado de primeira viagem contribuem para que os amigos sejam colocados para escanteio, ainda mais se a namorada tiver ciúmes deles, do tempo em que passam juntos com o namorado.
Com o tempo, depois de passar por outros amores, cada um “infinito enquanto dure”, fica mais fácil entender o valor relativo das coisas e recusar-se a deixar os amigos de lado só por não agradarem ao seu amor. Enfim, a experiência e a reflexão acabam ensinando que “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa” e que amor e amizade têm seus lugares apropriados na vida de um homem e um não deve subjugar o outro.
Contar tudo, sempre - Só por que os relacionamentos depois do primeiro amor são triunfos da esperança sobre a experiência, como dizia o escritor britânico Samuel Johnson sobre as segundas núpcias, não quer dizer que a experiência não tenha ainda seu papel no caso. Com o tempo, vendo os contratempos e chateações que excesso de sinceridade – especialmente sobre o passado – causa, o homem tende a omitir certas informações, quando ele sente que elas não têm mais nada a ver com o presente, mas podem causar questionamentos, crises de ciúmes e outras tempestades em copos d’água.
Mudar por ela – Você talvez conheça a velha gracinha que diz que as mulheres gastam anos tentando mudar um homem e depois reclamam que ele não é mais o homem por quem se apaixonaram. Bom, deixando de lado as mudanças que o próprio tempo atrás e falando só das mudanças que ela provoca por insistência, elas provavelmente são mais comuns no primeiro amor. À medida que um homem se envolve com diferentes mulheres e experimenta o amor em diversas formas, ele vai se questionando sobre a necessidade de mudar por amor.
Claro, regras têm exceções e nenhum manual consegue abranger todas as formas que a experiência romântica toma. Vai ver que, em certos caos, “primeiro amor” não tem nada a ver com a cronologia. Quando será seu próximo primeiro amor, leitor/leitora?